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(Referência obtida automaticamente do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores.)

Mamíferos não voadores (Mammalia) da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins

Texto completo
Autor(es):
Ana Paula Carmignotto [1] ; Caroline Cotrim Aires [2]
Número total de Autores: 2
Afiliação do(s) autor(es):
[1] Universidade Federal de São Carlos - Brasil
[2] Universidade de São Paulo - Brasil
Número total de Afiliações: 2
Tipo de documento: Artigo Científico
Fonte: Biota Neotropica; v. 11, n. 1, p. 313-328, 2011-03-00.
Resumo

A comunidade de mamíferos terrestres foi amostrada em três localidades (1-Mateiros, TO; 2- Rio da Conceição, TO e 3- Formosa do Rio Preto, BA) no interior da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins. Para o registro dos marsupiais e pequenos roedores foram utilizadas armadilhas convencionais (5.396 armadilhas.noite) e armadilhas de queda (5.300 pitfalls.noite) nas diferentes fitofisionomias encontradas, entre elas: campo úmido, campo limpo, campo sujo, campo cerrado, cerrado sensu stricto, cerrado com afloramentos rochosos, mata de galeria e mata de galeria úmida. No caso dos mamíferos de médio e grande porte, foram obtidos registros casuais através de observação direta e evidências indiretas (rastros, fezes, crânios e carcaças de animais encontrados mortos). Foram amostradas 24 espécies de pequenos mamíferos e 17 espécies de mamíferos de médio e grande porte, totalizando 41 espécies para a região. Considerando-se os pequenos mamíferos, a comunidade foi representada por várias espécies raras e de abundância intermediária, e poucas espécies muito abundantes. Os roedores cricetídeos dominaram tanto em número de espécies (14) quanto em abundância (50% da comunidade). As espécies se distribuíram, basicamente, em dois tipos de fisionomias: um grupo esteve restrito aos ambientes florestais, e outro às formações abertas, demonstrando a grande seletividade de hábitats e a importância de se amostrar o mosaico de hábitats presente na região para uma melhor caracterização da diversidade deste grupo de mamíferos. Em termos biogeográficos, a fauna de pequenos mamíferos amostrada apresentou certa sobreposição com a fauna da Caatinga e da Amazônia, evidenciando a importância destes domínios para a composição de espécies das comunidades que habitam a porção norte do Cerrado, além da presença de espécies endêmicas e de distribuição geográfica restrita ao norte do domínio, caracterizando uma comunidade distinta de outras regiões do Cerrado. Em relação aos mamíferos de médio e grande porte, a presença de um elevado número de espécies ameaçadas de extinção (10) também ressalta a importância da preservação desta região. (AU)

Processo FAPESP: 00/06642-4 - Pequenos mamíferos terrestres do bioma Cerrado: padrões faunísticos locais e regionais
Beneficiário:Ana Paula Carmignotto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
Processo FAPESP: 98/05075-7 - Evolução e conservação sistemáticas de mamíferos no Leste brasileiro
Beneficiário:Mario de Vivo
Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Programa BIOTA - Temático