A função sexual em grávidas com Diabetes mellitus gestacional após 28 semanas de gestação

Resumo

Diversas são as transformações bio-psico-sociais que a mulher sofre durante a gestação. Além de precisar se adaptar a elas, descobrir durante a gravidez, ser portadora de uma doença, particularmente do Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), pode acarretar modificações intensas em vários aspectos da vida desta gestante. Nossa hipótese é que a gestante com DMG, em comparação com as sem patologias, pode apresentar mais alterações em sua sexualidade, especialmente no terceiro trimestre de gravidez. Essa hipótese baseia-se no fato de que as diabéticas preocupam-se com o peso corporal, a dieta alimentar, a possibilidade do parto ser prematuro, o controle constante do nível glicêmico, crises de hipoglicemia (mesmo durante o ato sexual) e com o bem-estar fetal, além das preocupações e ansiedades da maioria das grávidas a respeito do momento do parto. Uma vez que não existem dados na literatura sobre o tema, o objetivo deste estudo é analisar a função sexual de grávidas com DMG, após 28 semanas de gestação, e compará-la à de gestantes sem patologias. Será realizado estudo descritivo transversal comparando dois grupos: um de gestantes normais e outro de grávidas com DMG, sendo que em ambos os grupos, as mulheres estarão em acompanhamento pré-natal nos Ambulatórios de Pré-natal da Obstetrícia Fisiológica e do Centro de Diabetes, ambos da Escola Paulista de Medicina -UNIFESP. O estudo pretende: 1) Determinar a prevalência de alterações sexuais, na população descrita, através de análise às respostas obtidas nos questionários: FSFI (Female Sexual Function Index) e QS-F (Quociente Sexual - versão feminina); 2) Comparar os escores finais de ambos os instrumentos, e população de estudo. (AU)