Avaliação soroepidemiológica de animais sentinelas para a Febre Maculosa Brasileira e correlação com a fragmentação vegetal na periferia sul da região metropolitana da Cidade de São Paulo

Resumo

A Febre Maculosa Brasileira é uma zoonose transmitida por vetores que tem como agente patogênico, bactérias da espécie Rickettsia rickettsii. Na Grande São Paulo o vetor incriminado na transmissão é o carrapato da espécie Amblyomma aureolatum, sendo que cães domésticos auxiliam na manutenção do ciclo da doença em áreas rurais, e regiões próximas a áreas de mata. Propõe-se avaliar os aspectos epidemiológicos da Febre Maculosa Brasileira, com análise da relação entre a presença de A. aureolatum e soroprevalência de R. rickettsii em cães em áreas fragmentadas da Grande São Paulo. A seleção das áreas para o estudo considera o padrão de fragmentação da floresta em áreas adjacentes a aglomeração de residências humanas, as análises serão feitas sobre características epidemiológicas e ecológicas que propiciem a ocorrência ou ausência da Febre Maculosa. Serão realizadas coletas de carrapatos em cães para posterior identificação de espécies e sorologia em cães para detecção de infecção prévia por R rickettsii. A presença de carrapatos da espécie A. aureolatum e positividade para presença de R. rickettsii é fator de risco para a ocorrência da Febre Maculosa uma vez que cães estão em constante contato com o homem que é hospedeiro susceptível à infecção. (AU)