Influência de TLR3 em modelo de PCM experimental

Resumo

A paracoccidioidomicose (PCM) é um a micose causada por espécies do gênero Paracoccidioides, os quais, induzem uma doença sistêmica de natureza granulomatosa, que compromete preferencialmente o tecido pulmonar. Paracoccidioides brasiliensis (P. brasileinsis) e Paracoccidioides lutzii (P. lutzii) são fungos termodimórficos e através de fragmentos de hifas e conídeos inicia-se o processo de infecção. No início desse processo, células apresentadoras de antígenos (APCs), como as células dendríticas (DCs) e seus receptores são importantes para determinar a resposta imune induzida. As DCs, consideradas células apresentadoras de antígenos "profissionais", as quais são responsáveis pela captura, processamento, migração e apresentação de antígeno, podem modular a resposta imune através da interação do fungo e/ou seus antígenos com os receptores do tipo Toll (TLRs), levando a regulação de moléculas coestimulatórias e produção de citocinas. Estudos apontam o envolvimento de TLRs no reconhecimento de diversos fungos, tais como Candida albicans, Aspergillus fumigatus e Cryptococcus neoformans. Foi demonstrado o papel de TLR3 na aspergilose experimental, o qual funcionou como um sensor endógeno do RNA do fungo contribuindo para a regulação da inflamação local e ativação de resposta de memória e protetora, mediada por células T CD8+ a partir da sinalização de TLR3 em DCs pulsadas com conídio ou RNA do fungo. Sabendo que a sinalização via TLR3 tem se mostrado importante em modelos de infecções fúngicas, esse trabalho visa estudar e avaliar a participação destes receptores na modulação da resposta imune na PCM experimental. (AU)