Efeitos do fluxo de água na taxa ventilatória e no cortisol plasmático na tilápia-do-Nilo introduzida em ambiente novo

• Processo: 20/14512-7
• Modalidade de apoio: Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2020
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2021
• Área do conhecimento: Ciências Agrárias - Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca - Aquicultura
• Pesquisador responsável: Rodrigo Egydio Barreto
• Beneficiário: Rodrigo Egydio Barreto
• Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Assunto(s): Hidrocortisona Estresse Peixes Piscicultura Tilápia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Cortisol | estresse | Peixe | Piscicultura | Taxa ventilatória | tilápia | Ecologia dos Animais Domésticos e Etologia

Resumo

O fluxo de água é uma variável hidrodinâmica típica de ocorrência natural durante a vida dos peixes e a compreensão de seu impacto nos processos biológicos (por exemplo, estresse) pode contribuir para melhorar o bem-estar em peixes em cativeiro / criação. Para isso, testamos se o fluxo de água é um estressor por si só em uma espécie de peixe não reofílica (ou seja, teoricamente sensível ao fluxo de água): tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus). Além disso, esta espécie foi escolhida devido à sua importância para a aquicultura mundial e por ser cultivada em uma série de sistemas em que o fluxo de água pode ser potencialmente um estressor, como tanques indoor, sistemas de recirculação, sistema de bioflocos e tanques-rede. Aqui, expusemos peixes a um ambiente novo com (520 l h-1) ou sem um fluxo de água deliberado, e medimos o cortisol plasmático e a taxa de ventilação (VR) como indicadores de estresse. Em um primeiro experimento, o VR foi reduzido pelo fluxo imediatamente após a transferência da tilápia para um novo ambiente (16 min de avaliação), mas o cortisol não foi afetado. Os níveis de cortisol plasmático também foram medidos em um segundo experimento, 30 min, 1, 2 e 4h após a transferência para um novo ambiente, mas também não foi afetado pela presença de fluxo. Em uma perspectiva teórica, o fluxo não é um estressor por si só em uma espécie não reofílica. Ele agiu como um fator hidrodinâmico que diminui a magnitude da resposta ventilatória em um peixe introduzido em um novo ambiente, sem efeitos nos níveis de cortisol plasmático. Portanto, o fluxo de água pode eventualmente ser usado para auxiliar a oxigenação dos peixes após um evento estressor, como a introdução em um novo ambiente. (AU)