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Fundamentos didático-epistemológicos para uma educação científica orientada para o risco e a incerteza

Processo: 25/02996-3
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Regular
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2027
Área do conhecimento:Ciências Humanas - Educação - Ensino-aprendizagem
Proposta de Mobilidade: SPRINT - Projetos de pesquisa - Mobilidade
Pesquisador responsável:Mauricio Pietrocola Pinto de Oliveira
Beneficiário:Mauricio Pietrocola Pinto de Oliveira
Pesquisador Responsável no exterior: Olivia Levrini
Instituição Parceira no exterior: Università di Bologna, Itália
Instituição Sede: Instituto de Estudos Avançados (IEA). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/06977-5 - Estudo de implementação de inovações curriculares, estratégias pedagógicas e tecnologias emergentes para qualidade-equidade na educação básica, AP.TEM
Assunto(s):Ciência  Futuro  Incerteza  Riscos  Ensino de ciências 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ciências | Educação | Futuro | incertezas | risco | stem | ensino de ciências

Resumo

Neste momento da história, estamos imersos em profundas transformações sociais que estão tocando o coração das relações entre ciência, tecnologia, natureza e seres humanos.Vivemos em uma sociedade de risco (Beck, 1992), em que os avanços da ciência e da tecnologia não apenas oferecem soluções, mas também introduzem novas incertezas e riscos para a sociedade. As crises climáticas desafiam a noção de longa data de domínio humano sobre a natureza e evidenciam as limitações de nossos sistemas culturais para compreender o que está acontecendo (Magnasson, 2021). Ao mesmo tempo, o avanço da inteligência artificial abala os pilares de nossa compreensão da natureza da ciência (Erduran, 2023) e remodela nossa relação com a tecnologia, obscurecendo os limites entre o homem e a máquina.A IA, em sua busca por eficiência e inovação, questiona normas e nos confronta com os compromissos éticos de nossos sistemas de produção de conhecimento. Além disso, os apelos por uma educação e prática científicas equitativas desafiam e problematizam a estrutura e a epistemologia da ciência, criando tensões que devem ser reconhecidas e resolvidas.Essas transformações vêm desafiando os fundamentos tradicionais do pensamento científico, que estavam profundamente associados à concepção de modernidade estabelecida desde o Iluminismo. Valores como a certeza, a fé no progresso linear e ilimitado e no impacto positivo das tecnologias, a neutralidade ética e de gênero, historicamente debatidos nos debates filosóficos sobre os fundamentos da ciência, estão agora se chocando com as dificuldades da ciência (e da cultura) contemporânea em lidar com a complexidade do mundo. Em uma sociedade em rápida transformação, como afirma Rosa (2013), os sistemas educacionais formais frequentemente permanecem estáticos, com seus currículos, pedagogias e práticas de avaliação. O objetivo deste SIG é discutir, sob os pontos de vista epistemológico, sociológico, axiológico e educacional, a intrincada interação entre os avanços científicos e as novas incertezas da sociedade. Análises orientadas para a educação dos fundamentos epistemológicos da ciência são estimuladas para recuperar padrões de pensamento que estejam em sintonia com formas sustentáveis de ser.Serão promovidas atividades de rede com outros campos de pesquisa, com atenção especial para os campos de História, Filosofia e Sociologia da Ciência (HPS), Estudos Científicos e Tecnológicos (STS), Estudos Futuros e, de forma mais geral, todos os campos de pesquisa envolvidos na interpretação dos "grandes desarranjos" que estamos vivenciando (incluindo artes, sociologia, filosofia, antropologia e política). (AU)

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