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Disfunção vesical na anemia falciforme está associada à inflamação e ao estresse oxidativo

Processo: 25/13817-2
Modalidade de apoio:Auxílio à Pesquisa - Publicações científicas - Artigo
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
Área do conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Autonômica
Pesquisador responsável:Fábio Henrique da Silva
Beneficiário:Fábio Henrique da Silva
Instituição Sede: Universidade São Francisco (USF). Campus Bragança Paulista. Bragança Paulista , SP, Brasil
Assunto(s):Anemia falciforme  Bexiga urinária 
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:anemia falciforme | Bexiga hiperativa | bexiga urinária | Farmacologia

Resumo

A disfunção vesical, particularmente a bexiga hiperativa (OAB, do inglês overactive bladder), tem sido cada vez mais reconhecida como uma preocupação clínica em pacientes com anemia falciforme (AF), embora seus mecanismos fisiopatológicos ainda sejam pouco compreendidos. Este estudo investigou a relação entre estresse oxidativo, inflamação e disfunção vesical no modelo transgênico Townes de camundongos com AF. A análise cistométrica revelou que os camundongos com AF apresentam um fenótipo compatível com OAB, caracterizado por aumento na frequência das micções e das contrações não miccionais, além de menor complacência vesical. Ensaios funcionais in vitro demonstraram hipocontratilidade do detrusor nos camundongos com AF, associada a uma redução significativa nas contrações induzidas por carbacol e estimulação elétrica de campo (EFS), bem como à diminuição da expressão do receptor muscarínico M3. A sinalização purinérgica e a contratilidade dependente de cálcio permaneceram preservadas. As análises moleculares revelaram aumento da expressão de mRNA de NOX-2 e IL-1¿, além de níveis elevados de 3-nitrotirosina e atividade da mieloperoxidase (MPO), indicando desequilíbrio redox e inflamação crônica no tecido vesical. Em conjunto, essas alterações sugerem que o estresse oxidativo e nitrosativo, aliado à inflamação, contribui para a remodelação e disfunção da bexiga na AF. Este é o primeiro estudo a caracterizar alterações vesicais em camundongos Townes com AF, estabelecendo esse modelo como uma ferramenta valiosa para investigar complicações do trato urinário inferior na doença. Nossos achados oferecem uma compreensão mecanística das manifestações geniturinárias da AF e identificam as vias redox e inflamatórias como potenciais alvos terapêuticos para a disfunção vesical nesses indivíduos. (AU)

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