Resumo
Desde o início da utilização de camundongos como modelo experimental para estudode novas drogas contra a leucemia linfóide aguda (LLA), tem-se buscado métodos adequados ao monitoramento da progressão da doença. Ao contrário de modelos animais de tumores sólidos, cujo volume é facilmente medido na superfície dos animais, a LLA infiltra órgãos inacessíveis do exterior. Resultados preliminares (Iniciação Científica, FAPESP10/08339-9) indicam que proteínas secretadas pela LLA podem servir de marcadores quantitativos da massa tumoral, facilmente aferidos por ELISA de amostras de plasma sanguíneo. Dentre 3 proteínas testadas, o ELISA de HSP90 apresentou sensibilidade superior à análise do % de células leucêmicas por citometria de fluxo, e além disso, mostrou ser um método que aparentemente não está sujeito a variações decorrentes do tratamento dos animais com quimioterapia. Neste projeto iremos confirmar os resultados em maior número de animais e para 3 diferentes LLA. Grupos de animais transplantados com LLA serão sacrificados semanalmente, analisando-se os níveis de HSP90 no plasma e urina em paralelo à medição da massa tumoral (% de células leucêmicas na medula óssea, baço, fígado e sangue). Este experimento permitirá avaliar o grau de correlação entre o ELISA de HSP90 e a massa tumoral, além de determinar a quantidade mínima de massa tumoral passível de detecção pelo ELISA. Em outro experimento, animais transplantados com LLA serão tratados com quimioterápicos, de modo a avaliar se os níveis de HSP90 refletem corretamente a massa tumoral, como esperado, ou se há desvio indesejável causado pela quimioterapia nos níveis de expressão de HSP90 pela células de LLA. Espera-se desenvolver um novo método de monitoramento da LLA nos animais, mais sensível, rápido e exato do que os atualmente existentes. (AU)
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