Resumo
A compreensão do efeito da idade materna sobre a não disjunção meiótica é uma prioridade urgente uma vez que as mulheres estão postergando a tentativa de engravidar, o que pode favorecer a ocorrência da infertilidade, piora dos resultados das técnicas de reprodução assistida (TRA) e aumento de aneuploidias embrionárias. Sugere-se que comprimento médio dos telômeros nos corpúsculos polares (CP) de oócitos humanos pode predizer o desenvolvimento embrionário subsequente, a estabilidade genômica e a implantação de embriões gerados por fertilização in vitro (FIV). Todavia, questiona-se se o comprimento do menor telômero é mais acurado do que o comprimento médio dos telômeros na determinação da viabilidade e aneuploidia embrionária. Objetivo primário: Comparar a acurácia do comprimento médio de todos os telômeros e do comprimento dos menores telômeros de CP de oócitos de mulheres submetidas à estimulação ovariana (EOC) para FIV na predição de euploidia e aneuploidias embrionárias viáveis e letais, determinadas por hibridização genômica comparativa (CGH) de embriões não viáveis em estágio de clivagem e de blastocistos. Metodologia: Ensaio clínico randomizado, controlado, duplo-cego, com alocação aleatória dos sujeitos da pesquisa em grupos paralelos, na proporção de 1:1 [grupo 1: ensaio para medir o comprimento médio de todos os telômeros do CP por SCqPCR (Single Cell Telomere Measurement by qPCR) e grupo 2: ensaio para medir somente o comprimento dos menores telômeros do CP por UScSTELA (Universal Single Cell Single Telomere Elongation Length Analysis)]. Planejamos incluir um total de 30 mulheres por grupo (150 a 180 CP por grupo). Todos os CP dos oócitos obtidos após EOC serão biopsiados e estocados individualmente em nitrogênio líquido para análise por SCqPCR ou UScSTELA. Os 24 pares de cromossomos de todos os embriões não viáveis no terceiro dia de desenvolvimento e do trofoectoderma de blastocistos biopsiados no quinto ou sexto dia de desenvolvimento serão analisados por hibridização genômica comparativa para determinação de euploidia e aneuploidia viável e não viável. Avaliaremos a acurácia do comprimento médio de todos os telômeros e do comprimento dos menores telômeros de CP na predição de euploidia e aneuploidias embrionárias viáveis e letais, determinadas por CGH de todos os embriões não viáveis em estágio de clivagem e de blastocistos. Os desfechos secundários avaliados serão: idade, índice de massa corporal, história de tabagismo, número de ciclos prévios de FIV/ICSI, dose total de gonadotrofinas utilizada e duração da EOC, concentrações séricas de AMH e FSH previamente ao início do ciclo, número de oócitos captados, fertilizados, embriões clivados e blastocistos, gestação clínica, aborto e nascidos vivos. (AU)
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