Resumo
As algas marinhas da ordem Ulvales são comumente encontradas na região costeira de todos os oceanos da Terra, assim como em reservatórios de água doce. Os principais gêneros desta ordem de algas verdes, são os gêneros Ulva e Enteromorpha, que têm como característica a proliferação rápida quando se encontram em águas eutróficas nas regiões costeiras e em reservatórios. Nesta proliferação, ocorre a formação de uma espécie de "maré verde", a qual provoca a morte de organismos presentes nestas águas devido à hipóxia, pela diminuição dos níveis de oxigênio na água. Desta forma, realizar a exploração da biomassa das algas destes gêneros pode solucionar os problemas ambientais causados pelas mesmas. A Ulva lactuca é uma das algas verdes que estão presentes em abundância na costa brasileira, principalmente no litoral de Santa Catarina. A Ulva lactuca possui inúmeras vantagens quanto à sua exploração na pesquisa e no desenvolvimento de produtos da área farmacêutica. O principal componente desta alga é o Ulvan, uma classe de heteropolissacarídeos sulfatados, que são retirados da parede celular da alga, ricos em ácido hialurônico e sulfato de condroítina. Ambos são polímeros de glicosaminoglicano e compostos por monômeros de ácido glucorônico e acetilglicosamina, associados são responsáveis por realizar a manutenção da homeostase e da integridade mecânica dos tecidos e de fluidos que possuem funções estruturais e lubrificantes. OBJETIVO: O objetivo deste projeto, é avaliar a viabilidade da utilização da alga marinha Ulva lactuca, como fonte do ácido hialurônico e do sulfato de condroitina. Métodos: Esta avaliação ocorrerá através da extração e da caracterização dos polissacarídeos desta alga, do preparo e da caracterização dos sistemas micro e nanoparticulados obtidos com estes polissacarídeos e da avaliação em modelo ex vivo da permeação transmural com a utilização do método do saco intestinal invertido. Resultados esperados: Assim, espera-se confirmar que o ácido hialurônico pode ser obtido a partir de algas marinhas e que este possui uma biodisponibilidade maior do que os provenientes dos animais ou do processo de biossíntese, ou seja, que o seu percentual de aproveitamento pelo organismo é maior. Para esta confirmação, espera-se obter um sistema nanoparticulado com o formato globular e composto pela mistura de sulfato cálcico de condroitina e hialuronato de cálcio. (AU)
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