A Voz do Povo na imprensa paulista: uma análise de discursos sobre desempenhos oratórios das classes populares em a Plebe, o Correio Paulistano e o Correio de São Carlos

• Processo: 20/01874-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2020
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2022
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Linguística
• Pesquisador responsável: Carlos Félix Piovezani Filho
• Beneficiário: Evandro José Paschoalino
• Instituição Sede: Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH). Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Análise do discurso Imprensa Classe social Discurso político Discurso (oratória)
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Análise do Discurso | Classes Populares | Fala pública | história das idéias lingüísticas | Imprensa | Análise do Discurso

Resumo

O presente projeto tem como objetivo descrever e interpretar discursos sobre práticas de fala pública de membros das classes populares materializados em enunciados que circularam pela imprensa paulista, nas primeiras décadas do século XX. Considerando as condições de produção do ano de 1917, em que houve grande efervescência política e emergiu a conhecida Greve geral, buscaremos identificar o que foi dito por enunciadores de três jornais paulistas sobre os desempenhos oratórios populares e como foram formulados os enunciados a seu respeito. Para isso, fundamentaremos nosso trabalho em postulados da Análise do discurso materialista, assim como em contribuições oriundas da História das ideias linguísticas. Mais precisamente, nos apropriaremos de seus postulados, noções e recursos metodológicos, para responder a questões como as seguintes: o que falam os textos dos jornais do campo conservador e do campo progressista sobre as performances oratórias dos membros da classe operária? Há ou não distinção entre as coisas ditas a respeito das falas públicas dos operários e o que se diz sobre as intervenções das lideranças sindicais e dos intelectuais dos movimentos trabalhistas? Como são formulados esses enunciados que tematizam os desempenhos oratórios de trabalhadores e de seus representantes? Quais são as memórias retomadas, reformuladas e/ou apagadas na constituição de tais enunciados, quando se trata formulações oriundas ora de veículos da capital ora de jornais do interior paulista? Com vistas a responder a essas e outras indagações, analisaremos enunciados extraídos dos jornais A Plebe, Correio Paulistano e Correio de São Carlos, examinando suas edições publicadas entre janeiro e julho de 1917. (AU)