Influência da administração de análogo do GLP-1 na nefrotoxicidade induzida pela doxorrubicina em ratos

• Processo: 23/05947-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2023
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 2024
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
• Pesquisador responsável: Marcos Ferreira Minicucci
• Beneficiário: Lara Pompiani Carreira
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
• Assunto(s): Doxorrubicina Estresse oxidativo Liraglutida Nefrotoxicidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Doxorrubicina | Estresse oxidativo | liraglutida | nefrotoxicidade | Clínica Médica

Resumo

A doxorrubicina é um dos quimioterápicos mais eficazes e mais utilizados no mundo, porém seu uso pode ser limitado pelos seus efeitos colaterais, que incluem cardiotoxicidade, hepatotoxicidade, toxicidade ao trato gastrointestinal e nefrotoxicidade. A nefrotoxicidade é uma das complicações mais importantes, pois pode ocorrer em até 60% dos pacientes sob quimioterapia e a maioria dos pacientes não recupera a função renal após a instalação da lesão renal. Os mecanismos envolvidos na nefrotoxicidade ainda não estão completamente esclarecidos, mas envolvem aumento do estresse oxidativo, inflamação e disfunção mitocondrial, que culminam com a morte de células outrora saudáveis. Até o momento, não há nenhum tratamento específico que atenue a lesão renal induzida pela doxorrubicina. A liraglutida é um análogo do GLP-1 que vem se mostrando nefroprotetor em pacientes com presença de fatores de risco para doença renal crônica. Além disso, possui efeito antinflamatório e antioxidante, podendo constituir terapêutica promissora na atenuação da nefrotoxicidade. Portanto, nosso objetivo é avaliar o efeito protetor da liraglutida contra a nefrotoxicidade induzida pela doxorrubicina em ratos. Para isso serão utilizados tecidos renais coletados de projeto aprovado pelo Comitê de Ética local (CEUA-FMB 1400/2021) cujo delineamento foi o seguinte: 60 ratos Wistar machos foram alocados em 4 grupos, sendo grupo controle (C), grupo doxorrubicina (D), grupo liraglutida (L) e grupo doxorrubicina + liraglutida (DL). Os animais dos grupos L e DL receberam injeção subcutânea de liraglutida (análogo do GLP-1) 0,6mg/kg de peso e os grupos C e D receberam injeção de soro fisiológico 0,9% em volume equivalente, diariamente, por 14 dias. Após 12 dias de tratamento com liraglutida ou soro, os animais dos grupos D e DL receberam injeção intraperitoneal de doxorrubicina 20 mg/kg de peso, dose única, e os grupos C e L receberam injeção de soro fisiológico 0,9% em volume equivalente. Após 48 horas da administração de doxorrubicina, os animais foram eutanasiados, o tecido renal foi coletado e armazenado a -80°C. O tecido será utilizado para avaliação do estresse oxidativo por meio da quantificação da concentração de malondialdeído e proteínas carboniladas no tecido renal e atividade das enzimas antioxidantes catalase e superóxido dismutase por espectrofotometria. Também serão quantificadas as proteínas HO-1, NF-kB total e fosforilado, TNF-±, Nrf-2 e PGC-1± no tecido renal por Western blot. Análise estatística: ANOVA de 2 vias, com significância estatística adotada de 5% para todas as análises.