Influência do tratamento com estradiol em doadores em morte encefálica na disfunção primária do enxerto pulmonar

• Processo: 21/13020-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Vigência (Início): 01 de julho de 2023
• Vigência (Término): 30 de junho de 2025
• Área do conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
• Pesquisador responsável: Luiz Felipe Pinho Moreira
• Beneficiário: Fernanda Yamamoto Ricardo da Silva
• Instituição Sede: Instituto do Coração Professor Euryclides de Jesus Zerbini (INCOR). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Caracteres sexuais Estradiol Morte encefálica Pulmão Ratos Transplantes
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: dimorfismo sexual | estradiol | morte encefálica | pulmão | Ratos | transplante | Cirurgia

Resumo

Em doenças pulmonares avançadas o tratamento disponível é o transplante de pulmões, sendo em sua maioria os enxertos provenientes de indivíduos em morte encefálica (ME). A etiologia e ME per se afetam a viabilidade de órgãos para o transplantado, sendo o pulmão um dos órgãos mais afetados pelas repercussões da ME. Estas geram instabilidade hemodinâmica, alterações imunológicas e inflamatórias, as quais são resultado da falência hipofisária. Os efeitos da ME juntamente com os efeitos da isquemia e reperfusão, que ocorrem durante o processo do transplante pulmonar, são fatores determinantes no sucesso do transplante e no desenvolvimento da disfunção primária do enxerto dos pacientes. Estudos clínicos ressaltam que a combinação entre doadoras do sexo feminino com receptores do sexo masculino apresenta maior risco no resultado do transplante. Onde o sexo feminino está possivelmente associado ao desenvolvimento da disfunção primária do enxerto. Estudos experimentais indicam que as diferença entre doadores em ME ocorrem devido a inflamação pulmonar resultante, com fêmeas apresentando uma resposta inflamatória mais exacerbada em relação aos machos, podendo gerar maiores repercussões pós-transplante. Os hormônios sexuais femininos, em especial o estradiol, são considerados como fatores de proteção pulmonar em casos de trauma/sepse. Assim no caso da ME são apontados como um dos fatores responsáveis pelo dimorfismo sexual. Uma vez que, em modelos de ME, após a perda do eixo hipotálamo-hipófise-ovários tal proteção é perdida em fêmeas. Estudos prévios do grupo indicam que o tratamento com estradiol atenua a inflamação pulmonar após o estabelecimento da ME, possivelmente exercendo efeitos a longo termo. Dessa forma no presente estudo pretende-se avaliar as repercussões de um tratamento com estradiol no pulmão de doadores de ambos os sexos em ME, assim como após o período de isquemia e reperfusão do transplante pulmonar. Assim, será possível avaliar se a redução da inflamação pulmonar em doadores tratados com estradiol impacta positivamente na disfunção primária do enxerto, nos mecanismos envolvidos e no transplante pulmonar.