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Perfil epidemiológico de sepse e choque séptico em unidades de terapia intensiva pediátricas na América Latina

Processo: 23/14396-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2023
Data de Término da vigência: 31 de março de 2024
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Saúde Materno-infantil
Pesquisador responsável:Flavia Ribeiro Machado
Beneficiário:Mariana Barbosa Monteiro
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:17/21052-0 - Sepse: mecanismos, alvos terapêuticos e epidemiologia, AP.TEM
Assunto(s):Choque séptico   Sepse   Medicina intensiva
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:choque séptico | disfunção orgânica | sepse | terapia intensiva pediátrica | Medicina Intensiva

Resumo

Como informado no último relatório o projeto original submetido intitulado "SPREAD Neo - Sepsis Prevalence Assessment Database Neonatal population. Perfil epidemiológico da sepse em unidades de terapia intensiva neonatais de hospitais brasileiros" foi paralisado e cancelado. A proposta foi substitui-lo pelo projeto SPREAD PED LATAM A sepse representa uma das principais doenças da faixa etária pediátrica tanto em termos de frequência quanto de gravidade, consome parcela substancial dos recursos financeiros das unidades de terapia intensiva (UTI), sendo causa comum de óbito em crianças. (19), (20), (21), (22), (23) Apesar da relevância da sepse em pediatria (26), os estudos epidemiológicos, de modo geral, são escassos, envolvem um número reduzido de pacientes e são pouco representativos, uma vez que são retrospectivos e baseados em dados de sistemas de registro de alta hospitalar (19), (20), (21), (22), (23). Além disso, a maioria desses estudos foi realizada em países desenvolvidos. No Brasil, o estudo SPREAD-PED, conduzido com financiamento da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo, é atualmente o principal estudo multicêntrico. O estudo mostrou uma estimativa da prevalência e letalidade por sepse grave e choque séptico numa amostra randômica de UTIPs brasileiras. No dia do estudo, 144 instituições incluíram 252 pacientes, correspondendo a uma prevalência de 25%, ou seja, 1/4 dos leitos de UTIP do país estavam ocupados com crianças com sepse grave e choque. Em países em desenvolvimento, as taxas de mortalidade por sepse grave e choque que variam de 25% a 67%. (34), (35), (36), (39), (40) Na América do Sul, de Souza, et al (32, 42) relataram uma mortalidade por sepse grave de 23% em crianças internadas em UTIP. Embora seja o estudo mais completo sobre a sepse pediátrica na região, possui limitações importantes. Primeiro, o estudo excluiu da análise a população de neonatos (d28 dias), sabidamente de maior risco e mortalidade por sepse. (41)Além disso, os hospitais participantes, cujo recrutamento foi feito com base em livre demanda, eram de regiões metropolitanas, reconhecidamente as de melhor poder socioeconômico nos países em questão, sendo que os dados desses estudos tendem a sério viés. Terceiro, a coleta de dados ocorreu em entre junho e setembro de 2011, não refletindo de forma fidedigna, a variação da prevalência anual da sepse pediátrica. (33) No estudo SPREAD-PED, A letalidade global foi de 19,8%. Essa letalidade continua acima da reportada em países desenvolvidos. O estudo mostrou ainda que fatores ligados ao aumento da mortalidade são: a gravidade dos pacientes, a idade e fatores passíveis de prevenção, como estado vacinal incompleto ou desconhecido e presença de infecção associada à assistência à saúde. No entanto, a mortalidade dos hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) não foi diferente daqueles ligados à Saúde Suplementar. Os dados do SPREAD-PED confirmam que a mortalidade por sepse no Brasil em pacientes pediátricos em UTI permanece muito elevada. Dados de sepse pediátrica representativos na América Latina ainda não foram publicados. Assim, justifica-se a realização de estudos sobre sepse em pacientes pediátricos nesse cenário. A carência de dados limita o planejamento de ações de saúde pública no combate a sepse pediátrica nesta região, além de prejudicar o planejamento do desenho de eventuais ensaios clínicos nessa população. Nossa hipótese é que na América Latina a sepse pediátrica apresenta elevada prevalência e mortalidade. Dessa forma, propomos a realização deste estudo para caracterizar a epidemiologia da sepse na população pediátrica da América Latina.

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