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O papel da IL-1b e da ativação do inflamassoma na acumulação de ferro tecidual induzida pela hemólise intravascular

Processo: 24/10726-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2024
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Fernando Ferreira Costa
Beneficiário:Pamela Lara de Brito
Instituição Sede: Centro de Hematologia e Hemoterapia (HEMOCENTRO). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/18886-1 - Mecanismos fisiopatológicos e tratamento das anormalidades das células vermelhas do sangue, AP.TEM
Assunto(s):Doenças falciformes   Inflamassomos   Hematologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Acúmulo de Ferro | Anemia hemolítica crônica | Doença Falciforme | inflamassoma | Interleucina- 1beta | Hematologia

Resumo

Em distúrbios caracterizados por anemia hemolítica crônica, como a doença falciforme (DF), os processos recorrentes de hemólise intravascular resultam na liberação de hemoglobina (Hb) e heme. Em situações de hemólise intravascular crônica, os mecanismos reguladores de ferro são esgotados, causando sobrecarga de ferro no plasma e aumento do estoque total nos tecidos. Este excesso de ferro nos tecidos leva a estresse oxidativo, processos inflamatórios, exacerbando a anemia e causando danos aos órgãos vitais. Em animais transgênicos com DF e em modelos murinos de hemólise crônica, o fígado, baço, coração e rins são os órgãos mais suscetíveis ao acúmulo de ferro e, portanto, mais afetados pelos processos inflamatórios decorrentes da sobrecarga de ferro, resultando em fibrose, cardiomiopatia e falência renal. Dados inéditos do nosso grupo de pesquisa sugerem que a IL-1b, uma citocina pró-inflamatória processada em inflamassomas de macrófagos e outras células mieloides, é determinante no acúmulo de ferro e nos danos aos órgãos vitais. Além disso, a hepcidina, um hormônio peptídico que regula a homeostase do ferro e influencia a eritropoiese, pode ter sua regulação e disponibilidade afetadas pela IL-1b na DF. Assim, o objetivo central deste projeto é investigar o papel do processamento da IL-1b e da ativação do inflamassoma no acúmulo de ferro associado a distúrbios hemolíticos crônicos, como a DF. Através do emprego de estratégias de neutralização, bloqueio farmacológico e silenciamento gênico (siRNA), avaliaremos in vitro e in vivo o impacto da IL-1b no perfil inflamatório, na polarização de macrófagos, na expressão de reguladores de ferro, nos marcadores de anemia, no acúmulo de ferro e nos danos aos órgãos, além de investigar a formação de inflamassomas e sua participação no mecanismo fisiopatológico. Com este estudo, esperamos gerar propriedade intelectual que poderá ser explorada comercialmente, contribuindo para o desenvolvimento de novos tratamentos para a sobrecarga de ferro, uma complicação com poucas opções terapêuticas atualmente disponíveis.

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