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Avaliação do risco cardiovascular em pacientes com a forma clássica da deficiência da 21-hidroxilase: o impacto do hiperandrogenismo e da terapia com glicocorticoides na funcionalidade da lipoproteína de densidade alta (HDL)

Processo: 23/16309-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2024
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2028
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Tania Aparecida Sartori Sanchez Bachega
Beneficiário:Ana Carolina Maués de Oliveira
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:19/26780-9 - Investigação molecular e epigenética das Diferenças do Desenvolvimento Sexual (DDS): impacto da divulgação científica na relação entre ciência e sociedade, AP.TEM
Assunto(s):Hiperandrogenismo   Hiperplasia suprarrenal congênita   Fatores de risco para doença cardiovascular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Forma clássica | Funcionalidade da partícula de HDL | hiperandrogenismo | hiperplasia adrenal congênita | risco cardiovascular | Terapia com corticoide | Endocrinologia e Metabologia

Resumo

Introdução: A hiperplasia adrenal congênita por deficiência da 21-hidroxilase é um erro herdado do metabolismo que resulta no comprometimento da síntese do cortisol e/ou aldosterona e aumento da produção adrenal de andrógenos. Apresenta espectro fenotípico que varia desde virilização pré-natal da genitália externa, associada ou não à crise de perda de sal no período neonatal, podendo evoluir para óbito. Seu tratamento objetiva suprir as deficiências de glico e mineralocorticoide a fim de prevenir a crise de insuficiência adrenal, reduzir a secreção dos esteroides androgênicos e promover crescimento, puberdade e fertilidade adequados. Porém, a titulação da dose ideal de glicocorticoide nas diversas fases do desenvolvimento é um desafio na prática clínica e, frequentemente, os pacientes ficam expostos ao hiper ou hipocortisolismo, com ambos podendo ter consequências metabólicas como obesidade, resistência à insulina, diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica. Os dados sobre risco cardiovascular nessa população permanecem incertos, possivelmente devido à heterogeneidade do tratamento e de seus alvos hormonais nos diversos centros de acompanhamento, não sendo bem estabelecido também se esse risco estaria relacionado ao tratamento com glicocorticoide ou ao próprio hiperandrogenismo. A concentração sérica de HDL colesterol, fator sabidamente determinante no RCV, se mostra variável nos diversos estudos, não havendo até o momento pesquisas sobre sua funcionalidade nessa doença rara. Objetivos: Avaliar o impacto do hiperandrogenismo e da terapia com glicocorticoides sobre o risco cardiovascular de pacientes com as formas clássicas de HAC, por meio da avaliação da funcionalidade da HDL e da sua correlação com marcadores precoces de risco cardiovascular: gordura visceral e velocidade da onda de pulso. Casuística e métodos: Serão avaliados 40 pacientes portadores de HAC forma clássica, com idade maior que 18 anos, seguidos em um único centro, submetidos à tratamento com acetato de cortisona ou hidrocortisona na infância e baixas doses de dexametasona ou prednisona após obtenção da estatura final, sendo 20 pacientes do grupo de bom controle hormonal e 20 pacientes do grupo de mau controle (andrógenos elevados); os dados serão comparados aos de 20 controles saudáveis, pareados para sexo, idade e IMC. O RCV será avaliado pela análise da funcionalidade da partícula de HDL, após seu isolamento por ultrafiltração; as HDL serão utilizadas para medir a remoção de 14C-colesterol de macrófagos; para inibição da oxidação de LDL e para modular a secreção de citocinas inflamatórias em macrófagos estimulados com lipopolissacarídeos. Além disso, será realizada correlação com a quantificação de gordura visceral por tomografia computadorizada de abdome, com avaliação da resistência insulínica pelo método QUICKI revisado e com a medida da velocidade de onda de pulso, que identifica doença aterosclerótica subclínica, medida pela velocidade de propagação de um pulso entre as artérias carótida comum e femoral. Justificativa: o estudo objetiva essencialmente elucidar se há aumento de risco cardiovascular nos pacientes com HAC. Utilizaremos metodologia ainda não estudada previamente nesta população. Determinaremos se este aumento de risco está associado ao tratamento ou ao hiperandrogenismo. Com uma casuística homogênea em relação ao esquema terapêutico empregado desde a infância até a idade adulta, esse estudo se diferencia dos demais. Os resultados auxiliarão em questões ainda controversas sobre alvos terapêuticos, e provavelmente contribuirão para a melhora da qualidade de vida desses pacientes.

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