Metabolômica integrada dos cafés canéforas do Brasil: Implicações na composição química de cafés cultivados na Amazônia, Espírito Santo e Bahia

• Processo: 24/23102-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de maio de 2028
• Área de conhecimento: Ciências Agrárias - Ciência e Tecnologia de Alimentos - Ciência de Alimentos
• Pesquisador responsável: Alessandra Sussulini
• Beneficiário: Michel Rocha Baqueta
• Instituição Sede: Instituto de Química (IQ). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Coffea canephora Cromatografia Espectrometria de massas Quimiometria Análise de alimentos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Coffea canephora | Cromatografia | Espectrometria de massas | Indicação Geográfica | quimiometria | Análise de alimentos

Resumo

O Brasil tem se destacado pela produção de cafés da espécie canéfora, que é mais resistente a variações climáticas e doenças do que o café arábica, apresentando potencial para se tornar o café mais cultivado no mundo. Essa espécie é cultivada principalmente no Espírito Santo, na Amazônia, tanto por cafeicultores indígenas quanto não indígenas, além da Bahia. No entanto, há pouco conhecimento sobre a composição química desses cafés. Atualmente, Rondônia e Espírito Santo detêm as primeiras indicações geográficas registradas para seus cafés canéforas no mundo. Nas áreas indígenas, o café é cultivado em sistemas agroflorestais diversificados, consorciado com espécies nativas e outras culturas alimentares, enquanto nas outras regiões predominam sistemas de cultivo tradicionais. Sabe-se que as variedades botânicas (conilon e robusta) e a origem geográfica do café canéfora influenciam as características do café do ponto de vista químico, mas ainda não se conhece plenamente os compostos químicos responsáveis por essas variações. Diante disso, este estudo propõe uma avaliação metabolômica dos compostos orgânicos voláteis e não voláteis presentes nos cafés canéforas cultivados na Amazônia, no Espírito Santo e na Bahia, com ênfase em compostos como cafeína, trigonelina, ácidos clorogênicos, ácidos fenólicos e açúcares. Para isso, serão empregadas técnicas de cromatografia líquida e gasosa acopladas à espectrometria de massas (LC-MS e GC-MS). A análise multivariada será utilizada para investigar individualmente os dados obtidos por cada técnica, a fim de identificar diferenças e semelhanças metabolômicas e composicionais entre os cafés canéforas. Além disso, será aplicada uma abordagem multivariada multi-bloco para integrar os dados de LC-MS e GC-MS, com o objetivo de avaliar a sinergia e a complementariedade das informações.