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Avaliação das respostas cardiovasculares autonômicas induzidas por estresse de restrição em modelo experimental de hormonização com testosterona

Processo: 25/03123-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Farmacologia Cardiorenal
Pesquisador responsável:Jeimison Duarte Santos
Beneficiário:Stefanie Carolina Azevedo Martins
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:23/12013-1 - Efeitos da testosterona como Terapia Hormonal de Afirmação de Gênero (THAG-T) no sistema cardiovascular: mecanismos moleculares e potenciais biomarcadores de risco cardiovascular, AP.TEM
Assunto(s):Cardiovascular   Estresse por restrição   Testosterona
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Cardiovascular | Estresse por Restrição | Sna | Testosterona | Transgênero | Farmacologia cardiovascular

Resumo

Os hormônios sexuais possuem um papel fundamental na homeostase do sistema cardiovascular. Enquanto os hormônios sexuais femininos possuem efeito cardioprotetor, os hormônios androgênicos favorecem o quadro hipertensivo. Parte dos efeitos pró-hipertensivos dos hormônios androgênicos está associado à modulação do sistema nervoso autonômico (SNA). Níveis suprafisiológicos desses hormônios aumentam a atividade simpática e reduzem a atividade parassimpática em situação basal ou em contextos adversos, incluindo o estresse. O estresse por restrição, clássico modelo experimental da ativação do SNA, é caracterizado por promover aumento da pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC). Estudos preliminares apontam que fatores sexuais masculinos exacerbam essas respostas. Indivíduos transmasculinos fazem uso da testosterona como terapia hormonal de afirmação de gênero (THAG-testo) para obtenção de características sexuais secundárias masculinas. Embora segura, a THAG-testo pode aumentar o risco cardiovascular para essa população, considerando-se os altos níveis de testosterona alcançados. Assim, a nossa hipótese é que, em modelo experimental de THAG, a testosterona exacerba as respostas cardiovasculares autonômicas mediadas por controle central desencadeadas pelo estresse por restrição, favorecendo as respostas pró-hipertensivas. O objetivo desse estudo é avaliar se parâmetros cardiovasculares mediados pelo sistema nervoso central, via componentes autonômicos, serão modulados pelo tratamento com testosterona em ratas submetidas ao estresse de restrição. Ratas Sprague-Dawley com 8 semanas de idade serão tratadas com cipionato de testosterona (24 mg/Kg/sem) por 8 semanas. Um grupo de ratas tratadas com veículo será utilizado como grupo controle. Um grupo de ratos também será tratado com veículo, mimetizando a população de homens cisgênero, para validação do modelo experimental de THAG, que será realizada pela avaliação do aumento do índice de massa corporal e da massa muscular, e elevação dos níveis séricos de testosterona. Para avaliação cardiovascular, após o período de tratamento, os animais serão submetidos à canulação da artéria e veia femorais para aquisição dos registros de PA e FC nas seguintes situações: 1) basal, 2) sob estresse por restrição, 3) período de recuperação pós-estresse. Através dos registros, o efeito da testosterona sobre a atividade autonômica envolvida nas respostas cardiovasculares será determinado pela análise da variabilidade da frequência cardíaca (VFH) e sensibilidade do barorreflexo espontâneo. Para avaliar a influência de componentes do SNA sobre as respostas cardiovasculares, antagonistas de receptores adrenérgicos (¿ e ¿) e muscarínicos (M2) serão administrados nos animais e os registros cardiovasculares serão adquiridos em situação basal, sob estresse de restrição, e no período de recuperação pós-estresse. Esperamos, com essa abordagem, fornecer informações importantes sobre o impacto de níveis suprafisiológicos da testosterona sobre componente biológico envolvido nas respostas cardiovasculares frente ao estímulo estressor. Em uma perspectiva translacional, essas informações podem contribuir para otimização da THAG-testo, com impacto positivo sobre a saúde cardiovascular da população transmasculina.

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