Impacto de longo prazo do status epilepticus sobre o cérebro imaturo de zebrafish: uma investigação comportamental e molecular

• Processo: 24/23770-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Cláudia Vianna Maurer Morelli
• Beneficiário: Angélica Pereira Guimarães
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências Médicas (FCM). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Comportamento Molecular Pilocarpina Estado epiléptico Peixe-zebra Neurociências
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: comportamento | Molecular | Pilocarpina | status epilepticus | Zebrafish | Neurociências

Resumo

As epilepsias são doenças neurológicas caracterizadas por crises epilépticas recorrentes que afetam cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são aproximadamente 2% da população com a doença. Importante destacar que dois terços das epilepsias iniciam até a adolescência, com maior incidência no primeiro ano de vida. Em crianças, as crises epilépticas podem ter impactos neurocomportamentais duradouros, afetando aspectos biológicos, cognitivos, psicológicos e sociais. O status epilepticus (SE), considerado uma emergência clínica, é associado a alterações neurocomportamentais graves, especialmente quando ocorre na infância, devido ao período de desenvolvimento neurológico. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos comportamentais e moleculares de longo prazo dessas crises epilépticas. O zebrafish tem sido empregado com sucesso para mimetizar modelos genéticos de epilepsia ou de crises epilépticas induzidas por agentes químicos, assim como, possui um amplo repertório comportamental já validado. Sendo assim, o objetivo deste estudo é o de investigar se crises epilépticas do tipo SE em larvas de zebrafish podem gerar impacto comportamental e molecular de longo prazo. Larvas de zebrafish serão induzidas ao SE com pilocarpina e os efeitos comportamentais de longo prazo serão avaliados por meio de uma série de testes realizados em diferentes fases do desenvolvimento até a vida adulta (14, 30, 60 e 90 dias pós-fertilização,dpf). Aos 90 dpf será realizada análise molecular do cérebro do zebrafish para avaliar a expressão de marcadores genéticos (genes c-fos, il1b, fosb e bdnf). Ao utilizar o zebrafish como modelo, esta pesquisa pretende contribuir para uma maior compreensão dos efeitos duradouros das crises epilépticas sobre o comportamento e resposta molecular e abrir novos caminhos de investigação. (AU)