Efeito da inflamação placentária e da via de sinalização AMPk na infecção pelos vírus Zika e Oropouche

• Processo: 24/22049-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Imunologia - Imunologia Celular
• Pesquisador responsável: Maria Notomi Sato
• Beneficiário: Laura Luiza Moreira da Silva Dias
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Proteínas quinases ativadas por AMP Gravidez Inflamação Vírus Oropouche Trofoblastos Vírus Zika
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ampk | gestação | Inflamação | Oropouche virus | trofoblastos | Zika vírus | Materno-fetal

Resumo

As infecções causadas pelos vírus Zika (ZIKV) e Oropouche (OROV) representam um desafio importante para a saúde pública, especialmente durante a gestação, onde podem desencadear inflamações no tecido placentário e afetar o desenvolvimento fetal. O ZIKV, pertencente à família Flaviviridae, está associado à Síndrome Congênita do Zika (SCZ), que pode resultar em microcefalia, morte precoce e/ou déficits cognitivos permanentes.Recentemente o OROV, da família Peribunyaviridae, um arbovirus emergente, causa a febre oropouche foi identificado causar casos de morte fetal e microcefalia grave. Cada vez mais as infecções congênitas requerem medidas preventivas e terapêuticas. Nossa proposta é averiguar se a inflamação placentária favorecer a replicação viral. Considerando que a ativação via LPS, pode conduzir a desfosforilação da via AMPk (proteína quinase ativada por adenosina monofosfato), que interfere na atividade antiviral, é uma das vias alvo a ser explorada.Portanto, analisaremos os mecanismos envolvidos na inflamação induzida porLPS no tecido placentário, associada as infecções por ZIKV e OROV, e sua interferência na sinalização da via AMPk, investigando seu impacto na replicação viral e nos fatores antivirais. Serão avaliados os seguintes parâmetros: (i) Averiguar se a inflamação por LPS em explantes placentários e células trofoblásticas (linhagem Bewo) interferem na infecção por ZIKV e OROV, (ii) inibição da via AMPk e sua relação com a replicação viral e expressão de fatores pró-inflamatórios e antivirais, (iii) a influência da via mTOR na produção de fatores antivirais. A modulação das vias AMPk e mTOR será analisada por moduladores, como rapamicina e indutor de Sirtuina-1, resveratrol. Os fatores antivirais IFN-beta, RIG-I, IRF3,MDA5, IFITM1, IFITM3, MX1 e citocinas como TGF-beta, IL-10, IL37, IL17 serão analisados nos explantes vilosos. O desenvolvimento deste projeto pretende averiguar a via de sinalização AMPk na resposta inflamatória placentária, para entendimento se afetam a resposta antiviral e se agravam as infecções por ZIKV e OROV durante a gestação. (AU)