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Efeitos da modulação da expressão da proteína WEE1 em Trypanosoma cruzi: um alvo potencial para tratamento

Processo: 24/23848-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2028
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Parasitologia - Protozoologia de Parasitos
Pesquisador responsável:Simone Guedes Calderano
Beneficiário:Evelin Mariani Gonçalves
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Benznidazol   Proteína 9 associada à CRISPR   Ciclo celular   Repetições palindrômicas curtas agrupadas e regularmente espaçadas   Resistência   Trypanosomatidae   Biologia celular e molecular
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:benznidazol | Cas9 | ciclo celular | Crispr | Resistência | Trypanosomatidae | Biologia celular e molecular

Resumo

A resistência ao tratamento da Doença de Chagas com benznidazol (BNZ) é uma preocupação crescente, sendo atribuída em parte, à capacidade das formas amastigotas de Trypanosoma cruzi de entrar em estado de dormência. Esse estado permite que o parasita persista e mantenha sua infectividade mesmo após a suspensão do tratamento. A dormência pode ocorrer espontaneamente, ou ser induzida pelo próprio BNZ, que causa danos ao DNA e ativa mecanismos de reparo mediados por pontos de checagem do ciclo celular. Apesar de sua relevância, esses processos ainda são pouco compreendidos nos tripanosomatídeos, especialmente no contexto dos checkpoints. A presença de WEE1, uma quinase reguladora conhecida por sua função em inibir CDKs em resposta a danos no DNA, pode ser um fator chave nesse processo. Essa proteína, cuja função está bem estabelecida em mamíferos e leveduras, inibe a progressão do ciclo celular, principalmente, no ponto de checagem G2/M, contribuindo para a manutenção da integridade genômica. Em estudos pré-clínicos contra câncer, a inibição de WEE1, combinada a agentes quimio/radioterápicos, tem demonstrado aumentar a sensibilidade de células tumorais ao tratamento, levando ao acúmulo irreparável de danos genômicos e, eventualmente, à apoptose celular. No entanto, o papel de WEE1 em tripanossomatídeos como T. cruzi, permanece pouco explorado. Em T. cruzi o ciclo celular é regulado por quinases homólogas à CDK1, denominadas Cdc2 Related Kinase (CRK), que interagem com ciclinas para promover a progressão do ciclo. Embora inibidores específicos para CRKs ainda não tenham sido identificados, WEE1 está presente no genoma de T. cruzi, com conservação do sítio de fosforilação em diversas CRKs, indicando uma possível função regulatória dessas quinases. Estudos conduzidos pelo nosso grupo de pesquisa, revelaram que WEE1 apresenta expressão variável durante o ciclo celular e metaciclogênese, além de localização nuclear, sugerindo seu envolvimento na regulação desses processos. No entanto, não está claro se WEE1 exerce, nesses parasitas, um papel semelhante ao observado em outros eucariotos, particularmente na regulação de alguns checkpoints. Dessa forma, este projeto tem como objetivo investigar os efeitos da modulação da expressão de WEE1 em amastigotas dormentes e em resistentes. Além disso, pretende-se explorar se a inibição de WEE1 pode sensibilizar o parasita ao BNZ, como observado em estudos oncológicos, oferecendo uma nova perspectiva terapêutica para a Doença de Chagas.

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