Modos de vida: estudo dos conceitos de amizade, em Foucault e vida não fascista, em Deleuze e Guattari

• Processo: 06/01517-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de julho de 2006
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2008
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Fundamentos e Medidas da Psicologia
• Pesquisador responsável: Hélio Rebello Cardoso Júnior
• Beneficiário: Thiago Canonenco Naldinho
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
• Assunto(s): Amizade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Amizade | Deleuze | Estetica Da Existencia | Foucault | Guattari | Vida Nao Fascista | Filosofia Contemporânea

Resumo

Segundo Foucault, há em atuação desde a Modernidade um complexo constituído pela união do saber com o poder, chamado bio-poder. Tal complexo produz e prescreve verdades através de instituições públicas e privadas com o intuito de normalizar e individualizar para que assim possa exercer de maneira mais efetiva seu controle sobre as pessoas. No entanto, os antigos gregos descobriram que contra uma grande força que domina e sujeita há uma poderosa inimiga, capaz de resistir e até controlar tal força, encontrada na relação que um indivíduo pode ter consigo mesmo. É através dessa relação, desse governo de si, que surge a possibilidade da estética da existência, ou seja, da escolha facultativa em criar para si, de maneira autônoma, a forma desejada de sua existência. E é a amizade a forma predileta de Foucault para uma possível atualização dessa estética da existência, ou seja, um modo de vida onde há a valorização da experimentação e do prazer mútuo, com ausência de dominação. Em paralelo a amizade defendida por Foucault situa-se o conceito de vida não fascista encontrado na obra O anti-Édipo, de Deleuze e Guattari, denominado pelo próprio Foucault como um estilo ou modo de vida. Pretendemos desse modo, estudar o conceito de estética da existência na obra de Foucault em relação a um bem provável estreito paralelismo entre os conceitos de amizade foucaultiana e vida não fascista contido em O anti-Édipo. (AU)