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Investigação de aspectos biológicos e mecanismos de resposta ao tratamento de craniofaringiomas da infância

Processo: 06/05791-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2007
Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2010
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina
Pesquisador responsável:Sergio Cavalheiro
Beneficiário:Daniela Filippini Ierardi
Instituição Sede: Departamento de Neurologia e Neurocirurgia. Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Apoptose   Mecanismos moleculares   Oncologia pediátrica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Apoptose | Craniofaringiomas | Culturas Celulares | Interfereon Alfa | Mecanismos Moleculares | Oncologia pediatrica

Resumo

O câncer é uma doença causada por alterações genéticas em genes que codificam proteínas envolvidas na regulação da proliferação e morte celular, na interação célula-célula, na interação célula-matriz extracelular e no reparo do DNA. A morte celular programada ou apoptose oferece um controle crucial sobre o número total de células e é essencial para todos os eucariotos superiores. Este mecanismo celular é fundamental no remodelamento dos tecidos durante os processos de desenvolvimento e metamorfose dos animais multicelulares. Falhas neste mecanismo permitem que células tumorigênicas sobrevivam, contribuindo para a formação e/ou progressão tumoral. A apoptose envolve a ativação de uma cascata de eventos que leva à morte celular por um processo característico que, normalmente, envolve a ativação de uma família de proteases chamadas caspases. Uma das citocinas indutoras de apoptoses é o interferon (IFN), e o subtipo alfa-interferon tem sido utilizado para induzir regressão de células neoplásicas em diversos tumores. Em craniofaringiomas, nosso grupo, descreveu a utilização do IFN-alpha; em quimioterapia intracística. O craniofaringioma é uma neoplasia epitelial rara que surge na região hipotalâmica e da glândula pituitária. É responsável por 6 a 9 % das neoplasias no sistema nervoso central e por 56% dos tumores selares e supraselares de crianças. Apesar de sua natureza benigna, estes tumores possuem uma evolução clínica maligna. Seu aspecto patofisiológico se deve à sua localização adversa, sua propensão a infiltrar tecido normal adjacente, aderir em estruturas intracranianas cruciais e sua recorrência após ressecção cirúrgica, principalmente após ressecção incompleta. A apresentação clínica varia de acordo com o tamanho, localização e conteúdo do tumor. A ausência de marcadores moleculares para este tipo de tumor e a observação de que os tumores dos pacientes respondem diferentemente à quimioterapia intracística com IFN-alpha;, enfatiza a necessidade e a importância de estudos mais completos destes tumores. A caracterização morfológica e bioquímica dos craniofaringiomas através do estabelecimento de linhagens celulares, pela produção de culturas primárias de células derivadas de craniofaringiomas recém ressecados, e, através da produção de modelos animais que representem este tipo tumoral, será um avanço para o entendimento do funcionamento deste tumor e uma ferramenta muito útil para o estudo das características celulares e moleculares envolvidas no processo do desenvolvimento tumoral. Além disso, a obtenção das características moleculares para cada caso dos pacientes submetidos à quimioterapia intracística com IFN-alpha, poderá permitir uma melhor compreensão dos dados clínicos em relação ao efeito do tratamento para cada pacientes. Este processo deverá, num futuro próximo, resultar em marcadores moleculares para o diagnóstico e prognósticos mais precisos e o desenvolvimento de terapias mais eficientes para este tipo de tumor.

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