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Através do espelho: o artefato de não-ficção como interface entre o mundo artístico e o mundo social

Processo: 07/55050-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2007
Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2009
Área de conhecimento:Ciências Sociais Aplicadas - Comunicação - Jornalismo e Editoração
Pesquisador responsável:Rosana de Lima Soares
Beneficiário:Luis Guilherme Nakajo
Instituição Sede: Escola de Comunicações e Artes (ECA). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Jornalismo literário
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Discurso | Jornalismo Literario | Livro Reportagem | Nao-Ficcao | Novo Jornalismo | Texto

Resumo

Os artefatos de não-ficção, aqueles que lidam com o mundo cognoscível, apreendem realidades sob a óptica dos Indivíduos e da cultura que os abriga, É uma realidade comprovável a com que lidam. O que os diferencia dos artefatos de ficção pode ser encontrado na adicional relação que se estabelece entre o âmago da obra (que se limita ao mundo artístico, construído entre leitor e autor) e o mundo externo a este artefato (que inclui o objeto retratado, um terceiro elemento na relação, ente tão ativo quanto os dois primeiros). Da sombra lançada do mundo artístico ao mundo social, a não-ficção extrai sua marca característica: os personagens de uma narrativa não-ficcional são representantes, sempre a postos, de seres de carne e osso. Uma personagem é baleada nas páginas dum livro-reportagem, e entendemos que, no mundo extra-livro, uma pessoa como nós leitores sangrou. O efeito da repetição infinita que o mundo da arte permite (reler livros, rever filmes) e o próprio intervalo entre o que "realmente" aconteceu e o que é narrado são comuns aos dois artefatos, o ficcional e o não-ficcional. Este estudo pretende se concentrar no segundo tipo, por ser ele o mais prenhe de implicações éticas e epistemológicas. Para tanto, escolhemos analisar obras influenciadas pelo Novo Jornalismo, e, numa classe mais ampla, exemplares do chamado Jornalismo Literário, que se apropria com maior nitidez de elementos tradicionalmente ficcionais - como diálogos em ordem direta e descrição cena-a-cena. A partir destas obras, que problematizam a prática jornalística e de não-ficção, pretendemos desvelar o artefato de não-ficção como uma interface, porque integrante dos dois ambientes que também delimita: o mundo artístico (onde reina a Enunciação) e o social (o extra-enunciação, os objetos que servem de molde a criações textuais e que são alterados, na percepção do leitor, pelo que é enunciado). (AU)

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