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Contribuição do fator tecidual de leucócitos e endotelial para a coagulação e inflamação

Processo: 98/02821-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 1998
Data de Término da vigência: 31 de março de 1999
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Rendrik França Franco
Beneficiário:Rendrik França Franco
Pesquisador Anfitrião: Pieter Hendrik Reitisma
Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University of Amsterdam (UvA), Holanda  
Assunto(s):Coagulação   Trombose
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Coagulacao | Fator Tecidual | Inflamcao | Trombose

Resumo

O fator tecidual é uma glicoproteína de membrana que quando exposta ao sangue ativa a coagulação levando à formação de um trombo. A ativação da coagulação dependente de fator tecidual não é sempre benéfica. Por exemplo, o fator tecidual expresso em "células espumosas" derivadas de monócitos na placa aterosclerótica é responsável pela formação do coágulo no infarto agudo do miocárdio. O fator tecidual presente no intravascular é também parcialmente responsável pelo processo de coagulação intravascular disseminada (CIVD) que aparece em diversas condições como, por exemplo, na sepsis. Portanto, há uma relação direta entre a expressão de fator tecidual no espaço intra-vascular e estados inflamatórios (como aterosclerose e sepsis) e de ativação da coagulação. O fator tecidual é encontrado em diversos tipos celulares. O papel do fator tecidual constitutivamente expresso no tecido extra-vascular, por exemplo, em fibroblastos e células musculares lisas, como um "envelope" hemostático fora da vasculatura, assim como a sua participação na ativação da coagulação na presença de lesão endotelial, encontra-se bem estabelecido. O fator tecidual não é normalmente expresso em células em contato com o sangue, mas leucócitos e células endoteliais podem responder a estímulos extracelulares ou à própria lesão vascular expressando fator tecidual em sua superfície. Entretanto, a importância fisiológica da expressão do fator tecidual em cada uma destas células do intravascular em diferentes condições de stress é atualmente desconhecida. O principal objetivo deste projeto é empregar camundongos que seletivamente não expressam o fator tecidual em leucócitos ou no endotélio em modelos de inflamação e de ativação da coagulação. As informações obtidas nestes estudos poderão responder à seguinte questão: qual é a contribuição relativa do fator tecidual derivado de leucócitos e do endotélio para o início e manutenção da coagulação do sangue e inflamação? Durante o projeto desenvolveremos três diferentes tipos de camundongos deficientes em fator tecidual: (1) camundongos deficientes em fator tecidual em leucócitos, (2) camundongos deficientes em fator tecidual em células endoteliais e (3) camundongos deficientes em fator tecidual em uma sub-população de leucócitos, isto é em monócitos/macrófagos. Os camundongos (1) serão gerados por técnicas de transplante de stem cells deficientes em fator tecidual em camundongos "selvagens" (wild-type). Os camundongos (2) e (3) serão produzidos por procedimentos clássicos de knock-out gênico. Inicialmente, a história natural dos diferentes camundongos será estudada para caracterizar o papel do fator tecidual expresso em células do intravascular na hemostasia "normal". A seguir, empregaremos os camundongos gerados pelas técnicas acima em modelos de trombose, inflamação e infecção para melhor definir o papel do fator tecidual intravascular em estados de ativação da coagulação e inflamação que mimetizam estados patológicos. (AU)

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Publicações científicas
(Referências obtidas automaticamente do Web of Science e do SciELO, por meio da informação sobre o financiamento pela FAPESP e o número do processo correspondente, incluída na publicação pelos autores)
R.T. CALADO; R.F. FRANCO; A. PAZIN-FILHO; M.V. SIMÕES; J.A. MARIN-NETO; M.A. ZAGO. HFE gene mutations in coronary atherothrombotic disease. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, v. 33, n. 3, p. 301-306, . (98/02821-0)
FRANCO‚ RF; TRIP‚ MD; REITSMA‚ PH. Genetic variations of the hemostatic system as risk factors for venous and arterial thrombotic disease. CURRENT GENOMICS, v. 4, n. 4, p. 309-336, . (00/02623-5, 98/02821-0)
FRANCO‚ R.F.; REITSMA‚ P.H.. Genetic risk factors of venous thrombosis. Human Genetics, v. 109, n. 4, p. 369-384, . (00/02623-5, 98/14247-6, 98/02821-0)