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Encapsulação da dibucaína em lipossomas com gradiente iônico transmembranar

Texto completo
Autor(es):
Verônica Muniz Couto
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Eneida de Paula; Michelle Franz Montan; Francisco Benedito Teixeira Pessine
Orientador: Eneida de Paula
Resumo

Os anestésicos locais (AL) são utilizados para se bloquear a sensação de dor em procedimentos clínicos e odontológicos. Porém, os AL são moléculas pequenas que facilmente se redistribuem no sitio de ação, limitando a duração da anestesia. A dibucaína (DBC) é um anestésico local da família das amino-amidas e tem uso predominante como anestésico tópico. Este trabalho teve por finalidade desenvolver um novo sistema de liberação sustentada para o anestésico local dibucaína baseado em lipossomas de fosfatidilcolina de soja hidrogenada e colesterol com gradiente iônico transmembranar, para uso parenteral. Primeiramente, avaliamos uma metodologia analítica para quantificação de DBC por cromatografia líquida de alta eficiência. Entao, foram então desenvolvidas formulações de lipossomas unilamelares (LUV) e multivesiculares (LMVV) com gradiente iônico (citrato e sulfato), para encapsulação da DBC a 0,012%. As formulações foram caracterizadas quanto à eficiência de encapsulação (%EE) potencial zeta, diâmetro e polidispersão. O potencial zeta de todas as formulações foi sempre negativo (ca. -30 mV). Formulações de LUV contendo sulfato (LUVDBC5.5+sulfin/7.4ex) apresentaram %EE (62,6% ± 4,3) significativamente maior que as demais formulações. As LUV apresentaram tamanho médio de 500 nm, sendo mais estáveis e menos polidispersas que as LMVV. As formulações LUV foram selecionadas para a continuidade do estudo, sendo caracterizadas morfologicamente por microscopia eletrônica de transmissão e testadas quanto a sua estabilidade química, liberação in vitro, viabilidade celular e atividade antinociceptiva em camundongos. As micrografias das LUV confirmaram a formação de vesículas esféricas e unilamelares. Nenhuma formulação apresentou níveis de peroxidação lipídica significativa (> 0,5% de lipídios totais) durante 150 dias de armazenamento a 4oC. A formulação LUVDBC5.5+sulfin/7.4ex apresentou o melhor perfil de liberação sustentada in vitro e aumento significativo no tempo de bloqueio sensorial (27 h) in vivo, em comparação com solução de DBC (11 h) de igual concentração. Nos testes de viabilidade celular não houve mudança significativa no perfil da citotoxicidade induzida por DBC, encapsulada ou não. Portanto, nesse trabalho reportamos o preparo e caracterização de uma formulação lipossomal de liberação sustentada para DBC, com alta eficiência de encapsulação e capaz de promover um significativo aumento (ca. 2,5 vezes) no tempo de analgesia in vivo (AU)

Processo FAPESP: 13/13965-4 - Encapsulação da dibucaína em lipossomas com gradiente iônico transmembranar
Beneficiário:Verônica Muniz Couto
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado