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Avaliação do potencial anti-inflamatório e antinociceptivo da geoprópolis de Melipona scutellaris

Texto completo
Autor(es):
Marcelo Franchin
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Odontologia de Piracicaba
Data de defesa:
Membros da banca:
Pedro Luiz Rosalen; Patricia Correa Dias; Gilson Cesar Nobre Franco
Orientador: Pedro Luiz Rosalen
Resumo

O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva do extrato etanólico de geoprópolis (EEGP) de Melipona scutellaris e frações químicas, bem como possíveis mecanismos de ação. Além disso, caracterizar quimicamente o EEGP e frações bioativas. Para avaliação da atividade anti-inflamatória foram aplicados os ensaios de recrutamento de neutrófilos na cavidade peritoneal, microscopia intravital e edema de pata induzido por carragenina. A via do óxido nítrico (NO) foi avaliada através da administração de inibidores desta via, além da avaliação da expressão das moléculas de adesão intercelular tipo 1 (ICAM-1) e quantificação de nitritos. A análise química do EEGP e fração bioativa foram realizadas pelos métodos de cromatografia gasosa com espectrometria de massas (CG/EM) e cromatografia líquida de alta eficiência em fase reversa (CLAE-FR). Para avaliação da atividade antinociceptiva, foram aplicados os ensaios de contorções abdominais induzida por ácido acético, teste da formalina, hipernocicepção inflamatória mecânica induzida por carragenina e quantificação das citocinas IL-1 ? e TNF-?. A composição química do EEGP e frações bioativas foram avaliadas pela quantificação de fenóis e flavonóides totais. Conforme os resultados nos ensaios anti-inflamatórios, foi verificado que o EEGP e sua fração aquosa diminuíram a migração de neutrófilos na cavidade peritoneal induzido por carragenina, como também diminuíram a interação dos leucócitos (rolamento e adesão) com as células endoteliais. A administração de inibidores da via do NO suprimiu a atividade inibitória do EEGP e da fração aquosa sobre a migração de neutrófilos. A expressão de ICAM-1 apresentou-se diminuída, e os níveis de nitritos aumentados após o tratamento com EEGP e fração aquosa. No modelo de edema de pata induzido por carragenina, o EEGP e a fração aquosa apresentaram atividade anti-edematogênica. Nenhum padrão de ácido fenólico ou flavonóide, comumente encontrado em amostra de própolis de Apis mellifera, pôde ser detectado nas amostras de EEGP e da fração aquosa pelas técnicas de CG/EM e CLAE-FR. Nos ensaios de atividade antinociceptiva foi verificado que o EEGP e as frações hexânica e aquosa diminuíram o número de contorções abdominais induzida por ácido acético. No teste da formalina, o EEGP e a fração aquosa inibiram ambas as fases (neurogênica e inflamatória), e a fração hexânica apenas a fase neurogênica. Foi evidenciada atividade do EEGP e fração aquosa na hipernocicepção inflamatória mecânica induzida por carragenina, como também foi constatado níveis diminuídos de IL-1? e TNF-?. Para as amostras de EEGP e frações hexânica e aquosa foi verificada a presença de compostos fenólicos e ausência de flavonóides. Estes resultados indicam que as frações bioativas encontradas possuem substâncias promissoras como novos agentes terapêuticos para o controle da inflamação e dor (AU)

Processo FAPESP: 09/12352-3 - Avaliação do potencial anti-inflamatório e analgésico da própolis de meliponinea (Melipona scutellaris)
Beneficiário:Marcelo Franchin
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado