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Ação protetora da N-acetilcisteína sobre efeitos persistentes do trióxido de arsênio no sistema genital de camundongos Swiss

Texto completo
Autor(es):
Raquel Frenedoso Silva
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Wilma De Grava Kempinas; Valéria Helena Alves Cagnon; Erick José Ramo da Silva
Orientador: Wilma De Grava Kempinas
Resumo

O trióxido de arsênio (As2O3) tem se mostrado altamente eficaz e muito utilizado no tratamento para diminuir ou eliminar a leucemia promielocítica aguda. Estudos mostram relação entre exposição a este composto e inibição da espermatogênese ou desenvolvimento do espermatozoide, uma vez que exerce efeito inibitório nos testículos. Diante da crescente utilização do As2O3 no tratamento da leucemia e da escassez de resultados sobre os seus efeitos adversos na reprodução masculina, justifica-se a realização do presente estudo, pelo qual se avaliou os efeitos imediatos e tardios do tratamento com As2O3 sobre fisiologia reprodutiva de camundongos Swiss adultos e se a co-administração de N-acetilcisteína (NAC), previne esses efeitos. Em um primeiro experimento, camundongos Swiss adultos foram tratados com veículo, 0,3 ou 3,0 mg/Kg/dia de As2O3, via subcutânea, em 25 aplicações. No final do tratamento, metade dos animais foram eutanasiados para avaliação dos efeitos pós-tratamento e a outra metade foi mantida sem a droga por período de 50 dias, até que se procedeu a eutanasia para avaliação da possível reversibilidade dos efeitos. Foram investigados: peso dos órgãos vitais, reprodutores e glândulas sexuais acessórias, quantidade e qualidade espermáticas, dosagem de testosterona e dosagem de arsênio no sangue. Os animais tratados com 3,0 mg/kg de As2O3 e eutanasiados logo após o fim do tratamento mostraram diminuição no peso da vesícula seminal, número de espermatozoides móveis e produção espermática diária. Após período de suspensão do tratamento, os animais tratados com a mesma dose continuaram apresentando redução nos mesmos parâmetros. Em um segundo experimento, foi avaliada a contratilidade do ducto epididimário isolado tanto frente ao tratamento in vivo dos animais (tratados com o veículo ou com a dose de 3,0 mg/kg/dia de As2O3) quanto ao tratamento in vitro do tecido. Essa análise revelou que a contração máxima do ducto epididimário estava significativamente aumentada nos animais tratados com As2O3 in vivo. E em uma terceira etapa os animais foram divididos em Controle, As2O3 (3,0 mg/Kg/dia), NAC na água de beber (40mM) e As2O3 + NAC, tratados por 5 semanas. Após o final do tratamento, os animais foram avaliados quanto aos parâmetros que se apresentaram prejudicados com o tratamento anterior, descrito na etapa um. Quando a NAC foi oferecida aos animais, houve uma melhora significativa nos parâmetros espermáticos antes prejudicados pela administração da droga, i.e., o peso de vesícula seminal, número de espermatozoides móveis e produção espermática diária do grupo As2O3 + NAC foram similares ao grupo controle. Podemos concluir que o As2O3 exerce efeitos tóxicos sobre o sistema genital de camundongos machos, e que esses efeitos podem ser persistentes mesmo após o término do tratamento. Os resultados mostraram, também, que a administração de um antioxidante pode prevenir os efeitos deletérios dessa droga sobre os parâmetros avaliados (AU)

Processo FAPESP: 12/14342-8 - Avaliação dos efeitos do trióxido de arsênio sobre o sistema genital de camundongos adultos
Beneficiário:Raquel Frenedoso da Silva
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado