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Inovações pedagógicas no ensino de ciências dos anos iniciais: um estudo a partir de pesquisas acadêmicas brasileiras (1972-2012)

Texto completo
Autor(es):
Rebeca Chiacchio Azevedo Fernandes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Educação
Data de defesa:
Membros da banca:
Jorge Megid Neto; Roberto Nardi; Maria Cristina de Senzi Zancul; Thais Gimenez da Silva Augusto; Ivan Amorosino do Amaral
Orientador: Jorge Megid Neto
Resumo

A pesquisa insere-se no conjunto de ações do Centro de Documentação em Ensino de Ciências (Cedoc) da FE/Unicamp, que visam estabelecer o estado de conhecimento sobre a pesquisa brasileira no campo da Educação em Ciências. Embora tal produção tenha se consolidado ao longo de mais de quatro décadas e esteja em contínua expansão, são poucos os estudos abrangendo os primeiros anos de escolarização. Objetivou-se, assim, discutir características e tendências das teses e dissertações sobre práticas pedagógicas escolares em ciências nos anos iniciais do ensino fundamental defendidas no Brasil entre 1972 e 2012, buscando-se tratar o seguinte problema: que inovações pedagógicas em práticas de ciências dos anos iniciais do ensino fundamental são depreendidas em pesquisas acadêmicas e quais foram as condições de produção dessas inovações? Por intermédio do Banco de Teses do Cedoc, foram identificadas 87 pesquisas de um universo de aproximadamente cinco mil trabalhos. Observamos crescimento da produção a partir da década de 1990 e grande expansão da área na década de 2000 (75%), predomínio de dissertações de mestrado (88%), que 35% dos autores são formados em Pedagogia, seguidos de Biologia (31%) e Física (9,5%) e uma concentração dos trabalhos no eixo sul-sudeste (73%). Obtivemos o texto completo de 71 pesquisas que foram lidas integralmente e analisadas com base nos descritores: Características Metodológicas; Relações Interpessoais; Referencial Teórico e Modelo Pedagógico. Observamos o predomínio do Modelo Construtivista (73%), seguido do Modelo Sociocultural (15%) e Modelo CTS (7%). O Modelo da Redescoberta (3%) e o Modelo Tecnicista (2%) constituíram inovações localizadas nas décadas de 1970 e 1980. Em relação às inovações pedagógicas observamos que em 60% das pesquisas são os pesquisadores quem criam as inovações, predominando um modelo mais vertical de proposição de inovação; 51% das pesquisas foram motivadas por questões relacionadas à prática pedagógica, que se refletiu no que foi inovado nas pesquisas; 80% inovaram os métodos e técnicas, seguido de recursos e meios. Sobre as condições de produção, notamos que fatores interferentes objetivos relacionados às questões estruturais, físicas, materiais e salariais, assim como a estrutura e organização curricular, interferem na efetivação da inovação. Por outro lado, os fatores interferentes subjetivos do professor e da equipe pedagógica como um todo foram os mais abordados como interferentes para a efetivação das propostas. Em relação aos fatores interferentes objetivos, demandam políticas públicas mais atentas às reais necessidades da escola. Sugere-se repensar as relações interpessoais estabelecidas nas escolas visando o estabelecimento de parcerias colaborativas com as universidade e criação de comunidades de práticas. Almejam-se relações mais horizontais entre universidade e escola, valorização do saber do professor e consideração do contexto da escola na proposição de inovações pedagógicas (AU)

Processo FAPESP: 11/09641-3 - Inovações Pedagógicas nas Pesquisas Acadêmicas sobre Práticas Escolares em Ciências nos Anos Iniciais (1972-2011)
Beneficiário:Rebeca Chiacchio Azevedo Fernandes Galletti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado