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Estudos experimentais do efeito do di-n-butil ftalato e do mono-(2-etilhexil) ftalato sobre o desenvolvimento testicular de roedores

Texto completo
Autor(es):
Caroline Maria Christante
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Rejane Maira Góes; João Ernesto de Carvalho; Adriana Souza Torsoni; Carla Dal Bianco Fernandez; Taiza Stumpp Teixeira
Orientador: Rejane Maira Góes
Resumo

Os ésteres de ftalatos tais como o di-n-butil ftalato (DBP), o di-(2-etilhexil) ftalato (DEHP) e o seu metabolito ativo, mono-(2-etilhexil) ftalato (MEHP), podem exercer efeitos adversos nos hormônios reprodutivos e nas células germinativas fetais e neonatais de maneira espécie-específica. Por outro lado, o ácido docosahexaenoico (DHA - 22:6 n-3), um ácido graxo polinsaturado de cadeia longa (PUFA) ¿ abundantemente encontrado em fontes oleosas ¿ tem se mostrado benéfico para a produção de testosterona, para a espermatogênese e para a motilidade espermática. Sabe-se, também, que o MEHP e o DHA atuam nas mesmas vias metabólicas envolvidas na síntese de colesterol/lipídeos, mas de maneiras antagônicas. O presente estudo avaliou a exposição materna ao DBP sob o desenvolvimento do testículo do gerbilo da Mongólia, nas seis primeiras semanas do desenvolvimento pós-natal. Além disso, avaliou os efeitos in vitro do DHA sozinho ou em combinação com o MEHP sob o testículo fetal de camundongo, utilizando o sistema de cultura organotípica. Para tanto, os testículos de gerbilos machos nascidos de mães controle (C) ou expostas, durante a gestação, ao óleo mineral (O) ou ao DBP (100 mg/kg, do dia 8 ao dia 23 pós-concepção) foram avaliados nas idades de 1, 7, 14, 28, 35 e 42 dias. Também foram realizadas análises in vitro de testículos de camundongos de 13,5 dias pós-concepção cultivados apenas em meio de cultura (controle), seja com DHA (50?M), seja com MEHP (20?M) ou com ambos (50?M de DHA e 20?M MEHP), após 24 ou 72 horas. Nossos resultados indicaram que o DBP comprometeu a densidade de figuras mitóticas no nascimento e o número total de gonócitos (NG) aos 7 dias, além de aumentar a atividade esteroidogênica no final da primeira semana de vida do gerbilo. O óleo mineral, por sua vez, diminuiu os níveis plasmáticos de testosterona e elevou os de estrógeno nos 7o e 28o dias, respectivamente. As análises in vitro indicaram que o MEHP não alterou o número de gonócitos. No entanto, o DHA estimulou a secreção de testosterona após 72h. Esse lipídeo também induziu o extravasamento marcante de gonócitos para o tecido intersticial, um efeito pró-apoptótico das populações de células no estroma da gônada e alterações morfológicas nos cordões testiculares, após 3 dias de cultura. Sendo assim, os experimentos in vivo demonstraram que a primeira semana de vida pós-natal do gerbilo é mais sensível aos efeitos deletérios do ftalato, no tocante ao número de células germinativas e à esteroidogênese. As análises in vitro, por conseguinte, indicaram que o desenvolvimento testicular foi prejudicado pela exposição ao DHA, a qual induziu alterações degenerativas nas células de Sertoli, intensificadas quando em combinação com o MEHP (AU)

Processo FAPESP: 13/19591-9 - Estudos experimentais do efeito do di-n-butil ftalato e do mono-(2-etilhexil) ftalato sobre o desenvolvimento testicular de roedores
Beneficiário:Caroline Maria Christante
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado