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Efeito terapêutico diferencial da vitamina D3 e do análogo Paricalcitol no desenvolvimento da EAE

Texto completo
Autor(es):
Luiza Ayumi Nishiyama Mimura
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Botucatu. 2019-04-29.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Instituto de Biociências. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Alexandrina Sartori
Resumo

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica e desmielinizante do sistema nervoso central (SNC). A imunopatogênese da doença e do modelo, a encefalomielite autoimune experimental (EAE), envolve a ativação de diferentes populações de linfócitos, macrófagos e da microglia que liberam uma infinidade de mediadores pró-inflamatórios e radicais livres. A vitamina D3 (VitD) e seu análogo Paricalcitol (Pari) são dotados de atividade imunomoduladora e são utilizados em doenças autoinflamatórias e autoimunes. Recentemente, observamos que a VitD quando administrada logo após a indução da EAE controlava a doença com eficácia. Portanto, o objetivo deste trabalho foi comparar o potencial terapêutico da VitD e do Pari no desenvolvimento da EAE e avaliar se seriam eficazes em momentos mais avançados da doença. Camundongos C57BL/6 foram imunizados com glicoproteína do oligodendrócito da mielina (MOG) emulsionada com adjuvante completo de Freund e foram tratados com VitD ou Pari (0,1g/animal, 15 dias alternados, i.p.). A terapia foi iniciada sete dias após a indução, quando a resposta autoimune já estava estabelecida ou dez dias após a indução, quando os primeiros sintomas eram evidentes. A terapia com VitD ou Pari não determinou proteção contra a EAE quando iniciada dez dias após a indução. Terapias iniciadas no sétimo dia após a indução geraram resultados distintos e inesperados. A VitD determinou redução do escore clínico e da expressão de MHCII, NLRP3 e CX3CR1 no SNC e aumento de neutrófilos no pulmão e na permeabilidade da barreira intestinal. O Pari não determinou efeito protetor significativo, entretanto reduziu a expressão de CX3CR1 no SNC e de RORc em células do pulmão e aumentou a produção de IL-6 e IL-17 no intestino. Concluímos que a VitD, mas não seu análogo Pari, é eficaz no tratamento da EAE mesmo quando administrada na fase pré-clínica. Experimentos adicionais estão sendo realizados para esclarecer os mecanismos deste efeito diferencial entre VitD e Pari. (AU)

Processo FAPESP: 15/06706-8 - Vitamina D, paricalcitol, glibenclamida e clofazimina: potencial terapêutico e efeitos imunomoduladores na encefalomielite autoimune experimental
Beneficiário:Luiza Ayumi Nishiyama Mimura
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado