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Sindecam-1 e folistatina-1 foram identificados em um mesmo complexo de interação e interferem em eventos associados à invasão e proliferação celular

Texto completo
Autor(es):
Flávia da Silva Zandonadi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Adriana Franco Paes Leme; Hernandes Faustino de Carvalho; Fernanda de Freitas Anibal; Jörg Kobarg; Juliana Helena Costa Smetana
Orientador: Adriana Franco Paes Leme
Resumo

Sindecanos são proteoglicanos de superfície celular, envolvidos em inúmeros processos fisiopatológicos. Para desvendar os efeitos da sinalização de Sindecam-1 (SDC1) em carcinoma de células escamosas orais (CEC), o conjunto de potenciais parceiros de interação do ectodomínio SDC1 e seu peptídeo (pepSDC1) foi enriquecido por imunoafinidade e identificado por espectrometria de massas. Dentre os parceiros de interação, Follistatin related protein-1 (FSTL1) foi identificada para ambas as formas de SDC1 superexpressas, e sua interação foi confirmada por ensaio de ligação em fase sólida, slot-blotting e co-imunolocalização confocal. Além de FSTL1, Activin A (ActA) foi identificada, em ensaio de fase sólida, nas amostras de secretoma e eluato superexpressando SDC1 e pepSDC1. Para investigar a relevância biológica dessa interação, os genes SDC1 e FSTL1 foram silenciados em linhagens celulares de CEC e injetadas em modelo de camundongos ortotópico. Os tecidos tumorais, originados desse processo, mostraram uma regulação para genes associados à transição epitélio mesênquima (EMT) (e-caderina, vimentina, snail 1 e 2) . Para os tecidos originados do silenciamento de SDC (shSDC1), observamos a diminuição da expressão para os genes associados à EMT, enquanto para os tecidos com silenciamento duplo (shSDC1-FSTL1) os níveis de expressão de mRNA em comparação com o tecido controle (shGFP) foram aumentados. Para os mesmos tecidos, realizamos ensaios para imunorreatividade à Ki-67 que foram capazes de revelar maior índice proliferativo ao tecido shFSTL1, em relação ao controle, o que pode ser explicado pelo aumento da expressão do gene para ActA e seus receptores. Esses resultados indicam que SDC1 e FSTL1 coordenam individualmente esses dois eventos celulares, com cada uma dessas proteínas agindo mais fortemente sobre invasão e proliferação celular, respectivamente. Finalmente, para traduzir esses efeitos sobre a resposta clínica no paciente, com base nos níveis de expressão de mRNA para os genes SDC1 e FSTL1, também fomos capazes de demonstrar que pacientes com alta expressão individual de SDC1 apresentaram menor experiência em eventos metastáticos em relação aos pacientes com baixa expressão de SDC1, bem como em co-expressão de SDC1 e FSTL1. Este estudo ressalta, pela primeira vez, a associação molecular entre SDC1 e FSTL1, sinalizando a importância do estudo de parceiros de interação para uma melhor compreensão do papel de SDC1 na progressão do câncer (AU)

Processo FAPESP: 13/02257-9 - Busca de ligantes do sindecam-1 utilizando abordagem de proteômica quantitativa
Beneficiário:Flávia da Silva Zandonadi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado