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Avaliação funcional da proteína ligante de ácidos graxos tipo 4 (FABP4) e modulação via PPAR-gama na infecção por Leishmania amazonensis

Texto completo
Autor(es):
Amanda de Barros Piffer
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Danilo Ciccone Miguel; Marcelo Bispo de Jesus; Mauro Javier Cortez Veliz
Orientador: Danilo Ciccone Miguel
Resumo

Formas amastigotas do gênero Leishmania parasitam células do sistema fagocítico mononuclear dividindo-se por fissão binária em vacúolos parasitóforos. Atualmente, pouco se compreende sobre os mecanismos moleculares que controlam o metabolismo de Leishmania nestas organelas, tanto sob o ponto de vista de biossíntese de macromoléculas como do controle metabólico da célula hospedeira pelo parasito. Estudos preliminares de análise transcriptômica mostram que há aumento dos níveis de transcritos de FABP4 (fatty acid binding protein 4) em macrófagos infectados com L. (L.) amazonensis por 48h. Por serem pequenas proteínas intracelulares as FABPs acessam o núcleo celular em determinadas condições fisiológicas atuando como transportadoras de ácidos graxos ligantes de fatores de transcrição, como os receptores ativados por proliferador de peroxissomo (por ex. PPAR-gama), sendo as FABPs do tipo 4 responsáveis pelo transporte de ácidos graxos para diferentes compartimentos celulares tanto em macrófagos como adipócitos. Com base nas propriedades biológicas descritas para a FABP4, além do fato de formas amastigotas dependerem do metabolismo de ácidos graxos para biossíntese de aminoácidos, especula-se que a FABP4 macrofágica possa desempenhar função importante na homeostase de lipídios na célula infectada durante o processo de infecção por Leishmania. Assim, pretendeu-se investigar neste projeto o papel da FABP4 a partir de ensaios de infecção in vitro em macrófagos na presença de inibidor específico para FABP4 bem como com reduzida expressão do gene da FABP4, a partir de interferência por RNA. Somado a isso, investigou-se a participação de PPAR-gama, que sabidamente interage com FABP4, ao longo de infecções por L. (L.) amazonensis in vitro. Com diferentes técnicas foi possível validar a influência de ambas as proteínas no estabelecimento e sobrevivência destes parasitos. Estudos in vivo foram conduzidos para avaliação do papel do PPAR-gama na evolução da lesão causada por L. (L.) amazonensis em camundongos C57BL/6 nocauteados para esta proteína, sugerindo que com inóculo reduzido de parasitos há retardo no aumento de lesões entre a 6a. e 8a. semana na ausência de PPAR-gama. Resumidamente, embora não tenha sido possível elucidar completamente a relação entre tais componentes celulares durante este evento, confirmamos que alterações nesse equilíbrio interferem na capacidade infectiva de L. (L.) amazonensis. Com isso, tanto FABP4 quanto o PPAR-gama apresentam relativa importância durante o processo de infecção in vitro (AU)

Processo FAPESP: 17/06542-0 - Avaliação funcional da proteína ligante de ácidos graxos tipo 4 (FABP4) e modulação via PPAR-gama na infecção por Leishmania amazonensis
Beneficiário:Amanda de Barros Piffer
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado