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Avaliação de óleos voláteis como antibacterianos administrados na ração destinados à piscicultura

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Autor(es):
Renata Antunes Estaiano de Rezende
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Engenharia de Alimentos
Data de defesa:
Membros da banca:
Marta Cristina Teixeira Duarte; Dirce Yorika Kabuki; Helenice de Souza Spinosa; Roberson Sakabe; Roger Wagner
Orientador: Marta Cristina Teixeira Duarte
Resumo

O uso de antimicrobianos é o principal tratamento para o controle das bacterioses em peixes e, consequentemente, seu largo emprego leva ao desenvolvimento e seleção de bactérias resistentes, podendo ocasionar a contaminação de outros animais e do homem. Adicionalmente, a falta de legislação nacional específica quanto à regulamentação de medicamentos veterinários para uso na aquicultura, assim como a evidente necessidade do uso desse recurso no tratamento de doenças, tem levado o piscicultor a empregar medicamentos antimicrobianos disponíveis no mercado para outras espécies animais. A pressão social para redução do uso de antimicrobianos na piscicultura tem incentivado a pesquisa de outras substâncias para melhorarem a produção, garantir segurança aos consumidores e não causar danos ambientais. Neste contexto, os óleos voláteis têm recebido grande atenção como alternativa ao uso das moléculas sintéticas. A atividade antimicrobiana dos óleos voláteis é conhecida há anos e seu mecanismo de ação geralmente é o mesmo dos antimicrobianos tradicionais, porém não há evidências de resistência bacteriana. Em vista do problema de desenvolvimento de resistência bacteriana torna-se urgente o estabelecimento de regras para o uso racional de antibióticos e o emprego de terapias alternativas para o controle dessas bacterioses. A administração dos óleos voláteis via ração requer sua proteção contra as perdas por volatilização, reações de oxidação, redução e rearranjos, o que é normalmente alcançada através do processo de veiculação dos óleos na presença de polímeros carreadores. Assim, foi avaliada a atividade antibacteriana de 71 óleos voláteis entre os obtidos experimentalmente a partir de espécies pertencentes à Coleção de Plantas Medicinais e Aromáticas ¿ CPMA, do CPQBA ¿ UNICAMP e os adquiridos junto ao comércio, sendo essas nativas e exóticas. Os resultados obtidos neste trabalho demostram que foi possível o desenvolver uma ração recheada com produto natural à base de óleos voláteis de espécies aromáticas (tomilho, tomilho vermelho e alecrim pimenta) efetiva contra Streptococcus agalactiae, Flavobacterium columnare e Aeromonas hydrophila, que poderá ser administrado de forma simples e eficaz. Os resultados dos ensaios in vivo com Tilápias desafiadas com Aeromonas hydrophila (Fase I e Fase II) apresentados evidenciam que os níveis das substâncias administradas aos animais via dieta apresentam aumento nos leucócitos totais dos animais e nenhuma toxicidade, sugerindo assim, um aumento da resposta imune a partir da utilização de um produto seguro e não toxico. O desenvolvimento dessas alternativas terapêuticas na piscicultura tem caráter inovador e proporciona redução nos prejuízos relacionados à falta de qualidade, além de reduzir o uso indiscriminado de antimicrobianos e o impacto ambiental (AU)

Processo FAPESP: 13/11981-2 - Avaliação de óleos voláteis como antibacterianos administrados na ração destinados a piscicultura
Beneficiário:Renata Antunes Estaiano de Rezende
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado