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O papel de NODAL, membro da superfamília TGF-ß no câncer de tiroide.

Texto completo
Autor(es):
Paola Marino Dantônio
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Edna Teruko Kimura; Carolina Beltrame Del Debbio; Gisele Giannocco; Joao Roberto Maciel Martins
Orientador: Edna Teruko Kimura
Resumo

O câncer de tiroide é uma neoplasia endócrina cuja incidência tem aumentado ao longo dos últimos anos. Mais de 80% dos casos consiste em carcinomas papilíferos (PTC), que são geralmente bem diferenciados e apresentam bom prognóstico. No entanto, uma fração dos pacientes é diagnosticada com doença agressiva e mau prognóstico. Estes casos são frequentemente resistentes à terapia convencional e apresentam baixo grau de diferenciação celular, sendo considerados pouco diferenciados ou anaplásicos (ATC). A perda de diferenciação se caracteriza pela ausência da expressão de marcadores de diferenciação tiroidiana como tiroglobulina (Tg), tiroperoxidase (TPO), simportador sódio/iodo (NIS), entre outros. A aquisição de características de células-tronco por células tumorais tem sido reportada em diversos cânceres, sendo a reativação de vias de sinalização embrionárias um dos possíveis mecanismos envolvidos nesse processo. A via de sinalização Nodal é crucial para a indução do mesoderma e formação do eixo ântero-posterior durante a embriogênese. Nodal é um ligante pertencente à superfamília TGF-&#223, a qual possui membros que apresentam expressão desregulada em tumores da tiroide, tais como TGF-&#223 1 e activinas A e B. A reativação da sinalização Nodal tem sido reportada no câncer e associada a fenótipos mais agressivos. Mostramos através de coloração por imunohistoquímica que NODAL está presente nas células foliculares de PTC, mas não de ATC. A superexpressão de NODAL em linhagem de PTC diminui a proliferação celular, mas não afeta a capacidade de formação de esferas nem a expressão de genes de pluripotência e diferenciação tiroidiana, enquanto o silenciamento parcial de NODAL aumenta a expressão de SOX2 e NIS. Tanto a superexpressão quanto silenciamento de NODAL não influenciam a ativação da via Smad. Identificamos, ainda, microRNAs com expressão reduzida em amostras de PTC e potencialmente envolvidos na regulação da via Nodal, além de discutirmos os desafios de mensuração de Nodal a níveis proteico e de mRNA. Nossos resultados mostram que NODAL está expresso em carcinomas bem diferenciados da tiroide, mas não em ATC, ao contrário do que se observa em outros tipos de câncer. Além disso, a superexpressão de NODAL não promove fenótipo de célula-tronco em linhagem de câncer diferenciado de tiroide. Em conjunto, nossos dados sugerem que a perda da expressão de NODAL pode estar associada a fenótipos menos diferenciados de câncer de tiroide, como evidenciado pelos resultados de imunohistoquímica. Dessa forma, experimentos adicionais como superexpressão de NODAL devem ser conduzidos em linhagens de ATC. Além disso, o uso de modelos mais avançados como animal ou cultura 3D pode ser empregado para estudar o envolvimento do microambiente tumoral, uma vez que o modelo de linhagens celulares apresenta limitações e não recapitula a heterogeneidade tumoral observada no câncer in vivo. (AU)

Processo FAPESP: 17/04639-7 - Influência do cross-talk da sinalização Notch/Nodal e microRNAs no câncer de tiroide
Beneficiário:Paola Marino Dantonio
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado