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Pessoa dramaturgo: tradição, estatismo, deteatrização

Texto completo
Autor(es):
Flávio Rodrigo Vieira Lopes Penteado Corrêa
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Caio Márcio Poletti Lui Gagliardi; Renata Soares Junqueira; Luiz Fernando Ramos; Pedro Miguel Pimentel Sepúlveda de Gouveia Teixeira
Orientador: Caio Márcio Poletti Lui Gagliardi
Resumo

Esta tese tem por objetivo examinar, segundo cinco linhas de força principais, os dramas estáticos de Fernando Pessoa, cujo corpus é composto, à exceção d\'O marinheiro (1915), por um número significativo de peças inconclusas ou esboçadas. Partindo da revisão crítico-teórica do imaginário simbolista e da obra teatral de Maurice Maeterlinck, com os quais o teatro do autor português é sistematicamente associado, procura-se ampliar o espectro da abordagem na direção da múltipla tradição do drama moderno e contemporâneo, nos termos em que esta é delineada por estudiosos cujas pesquisas se associam às de Jean-Pierre Sarrazac - entre os quais se destacam Joseph Danan, Mireille Losco-Lena, Alexandra Moreira da Silva, Jean-Pierre Ryngaert e Arnaud Rykner. Cumprida a tarefa de identificação e análise das categorias comuns a esse conjunto de peças, de modo a caracterizar a parcela mais conhecida até o momento do teatro pessoano, busca-se aproximá-las dialeticamente da dramaturgia de alguns dos autores centrais do gênero, situados na transição entre os séculos XIX e XX. No âmbito europeu, o trabalho confere atenção a nomes como Henrik Ibsen, Gerhart Hauptmann, August Strindberg e Luigi Pirandello, enquanto, no contexto da dramaturgia portuguesa, o teatro de Pessoa é reposicionado à luz de peças de Raul Brandão, D. João da Câmara, Eugénio de Castro, Branquinho da Fonseca, Almada Negreiros e António Patrício, entre outros escritores. Por fim, sugere-se o reexame do apelo cênico do drama estático pessoano por meio da discussão das ideias e práticas teatrais de Aurélien Lugné-Poe, Edward Gordon Craig e Claude Régy, principalmente. (AU)

Processo FAPESP: 16/19417-7 - Fernando Pessoa e a "deteatrização": o "drama estático" e seu lugar na moderna dramaturgia europeia
Beneficiário:Flávio Rodrigo Vieira Lopes Penteado Corrêa
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado