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A exposição pré-natal à dexametasona exacerba os efeitos da frutose sobre o metabolismo lipídico hepático.

Texto completo
Autor(es):
Tanyara Baliani Payolla
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Ciências Biomédicas (ICB/SDI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Silvana Auxiliadora Bordin da Silva; Luciana Chagas Caperuto; Carolina Demarchi Munhoz; Thomas Prates Ong
Orientador: Silvana Auxiliadora Bordin da Silva
Resumo

A reprogramação fenotípica causada por alterações ambientais distintas associada ao alto consumo de frutose na idade adulta poderia contribuir para o agravamento de distúrbios metabólicos. Para avaliar se a exposição pré-natal à dexametasona (DEX) modula os efeitos do consumo de frutose sobre o metabolismo hepático, investigamos a prole masculina nascida de ratas Wistar tratadas ou não com DEX (0,2mg/kg massa corpórea/dia) no 3°período gestacional. As proles de mãe controle (sem tratamento) e mães tratadas com DEX foram mantidas sem frutose (CTL e DEX) ou foram suplementadas com solução de frutose a 10% durante 8 semanas (frutose e DEX+frutose). Tanto os grupos frutose quanto DEX+frutose apresentaram consumo de frutose semelhante, intolerância à glicose e aumento da atividade máxima da enzima glicolítica PFK. Apenas DEX+frutose apresentou aumento dos triglicérides hepáticos e acúmulo de lipídeos intra-hepáticos. Além disso, o grupo DEX+frutose não mostrou expressão aumentada dos genes sec22, mttp e apoB, envolvidos na síntese, montagem e secreção de VLDL; paralelamente, observamos diminuição na concentração de triglicérides em 6 horas após injeção de Tyloxapol comparado ao DEX e frutose. Ainda, apresentou diminuição da expressão de BECLIN1, da expressão gênica de HSP90, e alteração de marcadores moleculares relacionados ao HCC, como diminuição de TP53, P21 e TIGAR, e aumento da expressão de mRNA afp e hsp70. Em conjunto, nossos dados indicam que a exposição à DEX in útero leva a uma resposta metabólica única frente a alta ingestão de frutose na vida adulta. O aumento da gliconeogênese e intolerância à glicose, a redução na produção e secreção de VLDL e o prejuízo no fluxo autofágico estimulam o acúmulo de gotículas lipídicas no fígado que pode favorecer o desenvolvimento de HCC em resposta à alta ingestão de frutose. (AU)

Processo FAPESP: 15/25597-5 - Perfis de expressão hepática de miRNA em ratos Goto-Kakizaki e ratos submetidos à reprogramação fenotípica por excesso de glicocorticóides
Beneficiário:Tanyara Baliani Payolla
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado