Busca avançada
Ano de início
Entree


Compostos bioativos em acessos de cambuci (Campomanesia phaea O. Berg Landrum) e uvaia (Eugenia pyriformis Cambess) - frutas nativas da Mata Atlântica

Texto completo
Autor(es):
Isabela Barroso Taver
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Piracicaba.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALA/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Angelo Pedro Jacomino; Severino Matias de Alencar; Giuseppina Pace Pereira Lima; Igor Otavio Minatel
Orientador: Angelo Pedro Jacomino
Resumo

O consumo diário de frutas vem sendo associado a redução de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como o câncer e a obesidade. Esses alimentos são fontes de compostos bioativos, moléculas capazes de combater radicais livres formados em processos metabólicos normais do corpo humano. Os radicais livres quando em excesso são responsáveis pelo estresse oxidativo, ponto de partida para desenvolvimento de diversas DCNT. Frutas nativas pouco consumidas e estudadas podem auxiliar na inserção de compostos bioativos e antioxidantes na dieta, além de diversificar a alimentação do brasileiro. O cambuci (Campomanesia phaea O. Berg Landrum) e a uvaia (Eugenia pyriformis Cambess), frutas nativas da Mata Atlântica, apresentam alto potencial de consumo, devido seu sabor e composição química. Dentre compostos de interesse são encontrados metabólitos secundários - que podem apresentar propriedades bioativas e alta capacidade antioxidante. O objetivo deste trabalho foi quantificar os compostos bioativos em acessos de cambuci e uvaia, além de verificar a sua capacidade antioxidante. Teores de vitamina C, compostos fenólicos e capacidade antioxidante pelo método ABTS•+ foram avaliados para as duas frutas e proantocianidinas e carotenoides totais foram avaliados para o cambuci e uvaia, respectivamente. Utilizando análise de variância (ANOVA), Teste de Scott-Knott e análise multivariada de componentes principais (ACP) foram selecionados os acessos que mais continham compostos fenólicos e apresentaram maior capacidade de desativação do radical sintético ABTS•+ para realização de outras análises antioxidantes, sendo elas sequestro do radical peroxila (ROO•) e sequestro do radical hipocloroso (HOCl) - ambos radicais livres gerados nos processos naturais do corpo humano. O teor máximo de vitamina C observado para o cambuci foi de 118,73 ± 7,16 mg 100 g-1 VIT.C enquanto para uvaia foi de 141,70 ± 16,66 mg 100 g-1 VIT.C, sendo possível inferir que são frutas fontes de vitamina C. O conteúdo de compostos fenólicos foi levemente maior para cambuci do que uvaia, sendo eles de 198,92 e 195,71 mg 100 g-1 GAE, respectivamente. O elevado teor de proantocianidinas (28,45 mg 100 g-1 CAT) limita o consumo do cambuci in natura, porém estimula seu processamento, enquanto os elevados teores de carotenoides totais na uvaia (44,14 mg g-1 carotenoides totais) sugerem que seu consumo auxiliará na ingestão mínima diária de carotenoides recomendado. O cambuci apresentou maior capacidade antioxidante para desativação do radical ROO• (9,17 μmol g-1 trolox) do que a uvaia (5,92 μmol g-1 trolox), enquanto a uvaia apresentou maior capacidade de desativação do radical HOCl (EC50 7,82 mg mL-1) do que o cambuci (EC50 53,91 mg mL-1). Tanto o cambuci quanto a uvaia apresentaram quantidades de compostos bioativos e capacidade antioxidante superiores a frutas amplamente consumidas. (AU)

Processo FAPESP: 19/13853-8 - Compostos bioativos em cambuci (Campomanesia phaea O. Berg Landrum) e uvaia (Eugenia pyriformis Cambess): frutas nativas da Mata Atlântica
Beneficiário:Isabela Barroso Taver
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado