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Efeito do tratamento com células tronco mesenquimais na hiperalgesia em modelo experimental de neuropatia diabética

Texto completo
Autor(es):
Jalile Garcia Schiavuzzo
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Carlos Amílcar Parada; César Renato Sartori; Gisele de Castro; Luiz Alberto Ferreira Ramos; Rafael Vercelino
Orientador: Carlos Amílcar Parada
Resumo

A neuropatia diabética periférica manifesta-se em aproximadamente 50% dos pacientes diabéticos e está entre as maiores causas de amputação de membros periféricos. Entre os casos diagnosticados de dor neuropática, 30% deles são classificados como neuropatia diabética. Apesar dos aspectos eletrofisiológicos e morfológicos da dor neuropática diabética serem conhecidos, pouco se sabe sobre seu desenvolvimento e progressão, inviabilizando terapias eficazes. Mais recentemente, estudos tem demonstrado uma estreita correlação entre o desenvolvimento da neuropatia diabética e o aumento de citocinas no Gânglio da Raiz Dorsal (GRD). De um modo geral, tem-se observado um aumento de citocinas pró-inflamatórias, embora não haja evidências de um processo inflamatório no GRD evidenciado, por exemplo, por aumento de células polimorfonucleares. Nesse sentido, nosso grupo tem demonstrado que a hiperalgesia inflamatória do tecido periférico induz aumento de citocinas pró-inflamatórias do GRD, indicando que as citocinas no sistema nervoso podem ter uma função neuromodulatória e não necessariamente inflamatória como no tecido periférico. Embora seu aumento no processo inflamatório possa estar relacionado com a sensibilização da via nociceptiva,. De fato, nosso trabalho observou por meio da técnica de Elisa um aumento de citocinas inflamatórias (TNF-alfa, IL-1beta, IL-6 e CINC-1) no GRD de ratos com neuropatia diabética, e que o tratamento intratecal de CTMs reduziu o aumento procovado pela STZ. Alguns trabalhos utilizando células tronco mesenquimais como tratamento para a neuropatia diabética apontam aumento na expressão de citocinas anti-inflamatórias induzidos pela administração de CTM. Resultado semelhante foi observado em nosso trabalho ao quantificar a citocina anti-inflamatória (IL-10). Além disso, verificamos que as Células tronco reduzem a dor neuropática diabética, por um processo que independe da regeneração nervosa periférica. Observamos também, por meio da técnica de ensaio intracelular de cálcio, que o tratamento com CTM pode reduzir a dor neuropática diabética através de mecanismos homeostáticos os quais ativam os receptores P2X4 expressos nas próprias CTMs. Nossos resultados demostram ainda, que esses receptores presentes nas CTMs estão envolvidos na liberação de BDNF. Esses dados indicam que o o tratamento intratecal com CTM é um terapia viável para o controle da dor neuropática diabética, atuando na modulação inflamatória e em mecanismos homeostáticos que envolvem receptores P2X4 expressos nas CTMs (AU)

Processo FAPESP: 14/21962-8 - O efeito da administração intratecal de células-tronco mesenquimais em modelo de neuropatia diabética experimental
Beneficiário:Jalile Garcia Schiavuzzo
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado