Busca avançada
Ano de início
Entree


Influência da hipertensão arterial no padrão fenotípico da lesão periapical, na diferenciação dos osteoclastos, na resposta teciduale na capacidade de mineralização do cimento reparador MTA

Texto completo
Autor(es):
Christine Men Martins
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Araçatuba. 2016-04-25.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Odontologia. Araçatuba
Data de defesa:
Orientador: João Eduardo Gomes Filho
Resumo

Entre as consequências da forma de ação do MTA e seus produtos encontra-se a participação na indução da mineralização nos tecidos onde é aplicado e a redução da inflamação ali presente. Sendo a hipertensão arterial uma desordem crônica de cunho inflamatório que parece agir negativamente na mobilização do cálcio e nas estruturas ósseas do organismo, pode-se inferir que o desenvolvimento da lesão periapical e o seu tratamento por meio do uso do MTA podem ser alterados pela presença do estado hipertensivo. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi de estudar a influência da hipertensão arterial no padrão fenotípico da lesão periapical, na diferenciação dos osteoclastos, na resposta inflamatória tecidual e na capacidade de mineralização dos cimentos reparadores à base de MTA. Para isso o trabalho foi dividido em três artigos. O artigo 1 comparou aspectos potenciais da formação da lesão periapical nas condições de hipertensão e normotensão, tendo como hipóteses nulas que a hipertensão não altera a quantidade de osteoclastos diferenciados, o tamanho da lesão periapical e a expressão das citocinas inflamatórias IL1α, IL1β e TNFα da lesão periapical. Esse artigo teve como resposta que, apesar de não haver diferenças estatisticamente significantes entre o tamanho da lesão periapical e a expressão de citocinas inflamatórias, ratos hipertensos apresentaram um elevado número de osteoclastos diferenciados. Já o artigo 2 investigou se a hipertensão afeta a resposta tecidual do MTA branco e cinza implantados subcutaneamente em ratos, bem como a capacidade dessas substâncias para induzir a mineralização, sendo a hipótese nula testada que a hipertensão não altera a resposta tecidual e capacidade de mineralização do MTA. Por meio dos resultados para as análises histológicas com as colorações Hematoxilina e Eosina e Von Kossa e sob luz polarizada, observou-se que a hipertensão exacerba a resposta inflamatória e diminui a capacidade de mineralização, prejudicando, dessa forma, tanto o reparo tecidual quanto a mineralização. Por sua vez, o artigo 3 investigou se hipertensão afeta a resposta de mineralização do MTA branco e cinza implantados subcutaneamente em ratos, através dos biomarcadores osteoblásticos RUNX-2, OPN e OCN em ratos, sendo a hipótese nula que a habilidade de mineralização do MTA não é afetada pela hipertensão. Os resultados apontaram para o prejuízo da capacidade de mineralização para o MTA frente à hipertensão. Então, de forma geral, pode-se concluir que há a associação da hipertensão com periapicopatias de origem endodôntica e seu tratamento, sendo que a hipertensão parece interferir negativamente na quantidade de osteoclastos e na ação do MTA quanto a resposta inflamatória e a capacidade de mineralização. Isso pode colocar a hipertensão como um fator prejudicial para o sucesso do tratamento/retratamento endodôntico. (AU)

Processo FAPESP: 13/09446-1 - Influencia da influencia da hipertensão arterial na resposta tecidual e na capacidade de mineralização dos cimentos reparadores MTA Ângelus® Branco e Cinza e IRM®. Análise histológica e imunoistoquímica em ratos.
Beneficiário:Christine Men Martins
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado