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Avaliação de status redox, resposta inflamatória, telômeros e expressão gênica em anestesiologistas

Texto completo
Autor(es):
Kátina Meneghetti Souza
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Botucatu. 2020-05-27.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Medicina. Botucatu
Data de defesa:
Orientador: Mariana Gobbo Braz
Resumo

O presente estudo teve como objetivo avaliar o estresse oxidativo, a resposta inflamatória, a expressão de genes relacionados e o comprimento de telômeros em anestesiologistas. O estudo transversal foi realizado no Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, em 60 médicos, sendo 30 anestesiologistas expostos ocupacionalmente aos resíduos de gases anestésicos (RGA) isoflurano, sevoflurano e desflurano (média de 10 partes por milhão - ppm) e óxido nitroso (150 ppm) e 30 sem exposição, os quais foram pareados por idade, sexo e estilo de vida. Para avaliação do estresse oxidativo, foram avaliados os danos oxidativos sistêmicos no genoma, a peroxidação lipídica, os metabólitos de óxido nítrico, a defesa antioxidante e antioxidantes lipofílicos individuais, além de vitaminas do complexo B e homocisteína. A resposta inflamatória foi avaliada por interleucinas pró-inflamatórias (IL6, IL8 e IL17A), pela determinação de proteína C reativa de alta sensibilidade e de enzimas hepáticas. O comprimento dos telômeros e a expressão de genes relacionados ao reparo de danos oxidativos no DNA (hOGG1 e XRCC1), à defesa antioxidante (NRF2), à manutenção do genoma (TP53) e relacionados à inflamação (IL6, IL8 e IL17A) foram avaliados por reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real. Não houve diferença significativa entre os grupos para os parâmetros avaliados, exceto para a expressão do gene IL8, que foi maior no grupo exposto (p = 0,04). A exposição ocupacional aos halogenados mais utilizados, juntamente ao óxido nitroso, não está associada com estresse oxidativo, micronutrientes, resposta inflamatória sistêmica e instabilidade genética, mas está associada à modulação molecular da inflamação (superexpressão do gene pró-inflamatório IL8) em anestesiologistas atuantes em hospital universitário, sugerindo que esse transcrito seja marcador de exposição ocupacional aos RGA. É prudente e necessário que haja redução da exposição ocupacional aos RGA no ambiente de trabalho e que todos os profissionais expostos sejam monitorados. (AU)

Processo FAPESP: 16/23902-8 - Avaliação de status redox, resposta inflamatória, telômeros e expressão gênica em anestesiologistas
Beneficiário:Kátina Meneghetti de Souza
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado