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Identificação de variações estruturais (CNVs) e modificações epigenéticas em pacientes com acidente vascular cerebral

Texto completo
Autor(es):
Amanda Donatti
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Íscia Teresinha Lopes Cendes; Wagner Mauad Avelar; Rodrigo Bazan
Orientador: Íscia Teresinha Lopes Cendes; Rodrigo Secolin
Resumo

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma condição heterogênea multifatorial, responsável pela interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro. Em geral, o AVC pode ser classificado em dois grandes grupos principais: hemorrágico e isquêmico. Estudos têm demonstrado a presença de fatores genéticos no AVC. Estudos de meta-análise revelaram 19 genes associados ao AVC isquêmico. Contudo, variantes funcionais ainda não foram identificadas em 8 desses genes candidatos (HDAC9, CDKN2B-AS1, PDE4D, PITX2, ZFHX3, ANGPT1, AGTRL1 e ALOX5AP). Além disso, em ensaios in vivo, foi possível observar que padrões alterados de metilações no DNA podem influenciar o desenvolvimento de AVC ou modificações nas proteínas envolvidas nesse processo, o que pode ser responsável pelo aumento do risco de AVC. Estudos para AVC hemorrágico vêm demonstrando forte influência genética nesses eventos, porém, ainda são menos recorrentes, devido à menor frequência desse evento na população e à sua maior taxa de mortalidade. Variações no número de cópias genômicas (CNVs) são mutações comuns no genoma humano e têm sido apontadas como importantes causas de alterações na expressão gênica. Poucos estudos têm demonstrado a relação entre genes e CNVs encontrados em pacientes com AVC isquêmico e hemorrágico. Os objetivos principais desse trabalho são: identificar fatores epigenéticos na região promotora de genes candidatos em pacientes com AVC isquêmico e identificar variações nos números de cópias (CNVs) em pacientes com AVC hemorrágico. Para isso, foram utilizadas amostras de DNA de pacientes com AVC e indivíduos controle provenientes de Joinville/SC. Através de análises de bioinformática, foram identificadas regiões potencialmente metiláveis (CpGs) nos promotores de genes candidatos para AVC isquêmico. Esses genes tiveram suas regiões promotoras analisadas através da técnica de PCR por metilação específica (MS-PCR). Para análise de CNVs em pacientes com AVC hemorrágico, foram realizados chips de microarranjos de DNA baseados em SNPs (Genome-Wide Human SNP Array 6.0; Affymetrix Inc.) e os resultados foram analisados no software Genotyping Console® (Affymetrix Inc.). Os estudos de metilação não geraram resultados significativos devido a não amplificação das ilhas CpGs nas regiões promotoras dos genes candidatos nas condições técnicas inicialmente testadas nesse estudo. Nos estudos de CNVs foram analisadas 45 amostras de pacientes e 41 amostras de controles, de modo que regiões de ganho e perda genômica de interesse foram identificadas. Através de análises no software METACORE, foi possível identificar 19 genes relacionados ao AVC. Validando esses resultados em 18 pacientes italianos, foi possível selecionar 2 genes em comum as duas coortes: MACROD2 e NSF. O gene MACROD2 não apresenta variantes descritas na população geral, se tornando forte candidato a influenciar a ocorrência do AVC. Com tais resultados, podemos concluir que variantes genômicas estruturais na forma de CNVs em alguns genes candidato podem ter um papel na predisposição ao AVC hemorrágico. Nossos resultados foram confirmados em duas populações distintas de pacientes com AVC hemorrágico (AU)

Processo FAPESP: 13/24932-0 - Identificação de Variações Estruturais (CNVs) e Modificações Epigenéticas em Pacientes com Acidente Vascular Cerebral
Beneficiário:Amanda Donatti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado