Busca avançada
Ano de início
Entree


Cor(ação) do cavaleiro: em busca de Angelica e Dulcineia pelos diferentes cronotopos de Orlando furioso e Dom Quixote de La Mancha

Texto completo
Autor(es):
Sara Gabriela Simião
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Assis. 2022-03-16.
Instituição: Universidade Estadual Paulista (Unesp). Faculdade de Ciências e Letras. Assis
Data de defesa:
Orientador: Maira Angélica Pandolfi; Cátia Inês Negrão Berlini de Andrade
Resumo

Este trabalho analisa o Orlando furioso (1532), de Ludovico Ariosto, e o Dom Quixote de La Mancha (1605/15), de Miguel de Cervantes, por meio da comparação e do conceito de cronotopo. Graças a estes é possível notar o diálogo que há entre elas. A princípio, um dos pontos que mais chama a atenção é a questão da busca. Quase sempre há uma personagem procurando por algo: uma pessoa, um lugar, um cavalo, ou mesmo aventura e glória. Entretanto, há duas personagens que melhor representam essa aspiração incessante: Angelica, na obra italiana, e Dulcineia, no caso da espanhola. Orlando passa a maior parte da história buscando a sua amada, e é por causa dela que se torna furioso (louco). Além disto, há outros movimentos que são provocados, direta ou indiretamente, por Angelica. E Dom Quixote também se desloca na obra por causa da sua dama. É por ela que busca aventuras, com o intuito de se tornar famoso e digno dos seus favores, de acordo com o código do amor cortês. Uma vez que quase sempre as personagens estão se deslocando na história, elas vão atravessando diferentes cronotopos, como palácios, cova e, até mesmo, a Lua, cada qual com as suas particularidades. Tendo em vista estas questões, a presente tese demonstra a importância dessas duas figuras femininas, Angelica e Dulcineia, pois ambas funcionam como motores, que movimentam a história, fazendo com que os protagonistas masculinos enfrentem os mais diferentes tipos de aventuras, nos mais diversos e maravilhosos cronotopos, que refletem os seus estados de espírito. Como base teórica, esta pesquisa retoma, entre outros, os estudos de Mikhail Bakhtin (2010 e 2011) e seus críticos, estudiosos de Ariosto, como Sergio Zatti (2011), Mario Santoro (1989), e Italo Calvino (2010), e cervantistas, como Maria Augusta da Costa Vieira (1995 e 2015), Gonzalo Díaz Migoyo (2001), e José Manuel Lucía Megías (1990). (AU)

Processo FAPESP: 19/02156-4 - Cor(ação) do cavaleiro: em busca de Angelica e Dulcinea pelos diferentes cronotopos de Orlando furioso e Dom Quixote de La Mancha
Beneficiário:Sara Gabriela Simião
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado