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Efeito do dimetil fumarato na encefalomielite experimental autoimune: ativação de linfócitos T reguladores na mucosa intestinal?

Texto completo
Autor(es):
Amanda Dias da Rocha Lima
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Leonilda Maria Barbosa dos Santos; Enedina Maria Lobato de Oliveira; André Luis Bombeiro
Orientador: Leonilda Maria Barbosa dos Santos; Fernando Pradella
Resumo

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune do Sistema Nervoso Central (SNC) que atinge, em sua maioria, jovens mulheres. A Encefalomielite Experimental Autoimune (EAE) se destaca como um modelo animal bem sucedido para o estudo dos mecanismos imunológicos envolvidos na EM. O medicamento oral Dimetil Fumarato (DMF; Tecfidera, Biogen), também denominado de Fumarato de Dimetila, foi introduzido na última década como opção de tratamento para EM Remitente Recorrente (EMRR). O DMF é um éster do ácido fumárico que é hidrolisado no intestino a Monometil Fumarato (MMF), seu metabólito ativo. O uso de DMF mostrou melhorar os sintomas clínicos da EM e também da EAE. Pouco se sabe, contudo, a respeito dos mecanismos de ação do DMF. Estudos in vitro, e alguns in vivo, apontam uma possível ação da molécula por meio da via de ativação do fator nuclear eritróide 2 relacionado ao fator 2 (Nrf2) no SNC. Outra via proposta é a ativação do receptor do ácido carboxílico (HCAR2), que seria capaz de inibir a expressão de moléculas pró-inflamatórias por meio da inibição de NF-?B na micróglia. Esse receptor é encontrado em variados tipos celulares, incluindo células do epitélio intestinal. Considerando os dados disponíveis acerca da ação de DMF, esse estudo teve como objetivo investigar o efeito da administração do DMF sobre a resposta imune da mucosa intestinal de camundongos com EAE. Camundongos C57Bl6 foram imunizados com peptídeo 35-55 da glicoproteína de mielina de oligodendrócitos (MOG) em adjuvante completo de Freund suplementado com Mycobacterium tuberculosis inativado. Os ani-mais foram tratados duas vezes ao dia, por gavagem, com DMF 7,5 ou 30 mg/kg, ou com o veículo, após a imunização. Ao longo do tratamento, foi acompanhado o desenvolvimento da EAE. Ao fim, os linfonodos mesentéricos (LM) e as células epiteliais intestinais (IEC) foram analisados por citometria de fluxo e Reação em Cadeia da Polimerase via Transcriptase Reversa (RT-PCR). A população de células T reguladoras CD4+Foxp3+ se mostrou inalterada com o tratamento. Contudo, uma maior expressão total de Foxp3 mRNA foi observada com 10 dias de tratamento. Também foi elevada a expressão de mRNA das citocinas anti-inflamatórias IL-10 e IL-27 nos LM com o tratamento de DMF 7,5 mg/kg. Adicionalmente, não foi observada alteração no mRNA das citocinas pró-inflamatórias TNF, IL-12a e IFN-?. Não foi detectada a expressão de IL-17a, IL-4 e IL-2 mRNA nos LM dos grupos tratados com veículo ou DMF. Com relação as IEC, observou-se um aumento no grupo tratado com DMF 7,5 mg/kg da população de células CD326+CD45+. Os resultados obtidos apontam para um tendência anti-inflamatória na mucosa intestinal pelo tratamento da EAE com DMF. Tal efeito pode contribuir como um mecanismo de ação adicional de DMF no controle da EAE (AU)

Processo FAPESP: 18/03432-2 - Efeito do dimetil fumarato na encefalomielite experimental autoimune. ativação de Linfócitos T reguladores na mucosa intestinal?
Beneficiário:Amanda Dias da Rocha Lima
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado