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Avaliação de polimorfismos genéticos e qualidade de vida em mulheres com carcinoma de ovário

Texto completo
Autor(es):
Amanda Canato Ferracini
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Médicas
Data de defesa:
Membros da banca:
Priscila Gava Mazzola; Luiz Carlos Zeferino; Cássia Raquel Teatin Juliato; Daniela Oliveira de Melo; Leonardo Régis Leira Pereira
Orientador: Priscila Gava Mazzola; Sophie Françoise Mauricette Derchain
Resumo

Introdução: Polimorfismos genéticos associados à toxicidade, resposta à quimioterapia, sobrevida, em conjunto com a qualidade de vida (QV), pode contribuir no cuidado personalizado e manejo clínico de mulheres com carcinoma de ovário tratadas com quimioterapia baseada em carboplatina e paclitaxel. Objetivos: Avaliar a associação entre polimorfismos e toxicidade hematológica e neurotoxicidade, resposta à quimioterapia, sobrevida e QV em mulheres com carcinoma de ovário. Métodos: Para este estudo foram incluídas mulheres com diagnóstico histológico de carcinoma de ovário atendidas no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti – Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) no período de janeiro de 2014 a julho de 2019 com seguimento até julho de 2020. Para avaliação de polimorfismos GSTM1, GSTT1, GSTP1 c.313A>G ABCB1 c.1236C>T, ABCB1 c.3435C>T e ABCB1 c.2677G>T/A, foram analisados pelo método multiplex de reação de cadeia polimerase (PCR) ou PCR em tempo real. A associação entre polimorfismos e toxicidade hematológica e neurológica foi avaliada e variantes com p <0,05 foram incluídas em análises de regressão múltipla. O estudo prospectivo de QV utilizou análise transversal no início do estudo e análise longitudinal do início ao fim de 12 meses após a quimioterapia. A QV foi avaliada no início do estudo, no 6º ciclo e 12 meses após a quimioterapia usando o questionário FACT-O. As características clínico-patológicas e o regime de quimioterapia foram avaliados e testados para associações com medidas de QV. Resultados: Para avaliação de polimorfismos foram incluídas 112 mulheres com carcinoma de ovário. Mulheres com o GSTP1 c.313A> G tiveram um OR=0,17 (IC95%: 0,04 a 0,69, p=0,01, modelo dominante) para anemia e um OR de 0,27 (IC95%: 0,12 a 0,64, p<0,01); e OR=0,18 (IC95% 0,03 a 0,85, p=0,03, modelo dominante ou recessivo) respectivamente, para trombocitopenia. O genótipo AG do GSTP1 c.313A> G foi associado a um menor risco de atraso na dose (OR=0,35, IC95%: 0,13 a 0,90, p=0,03). O ABCB1 c.1236C> T aumentou a chance de trombocitopenia (OR=3,50 (IC95% 1,12–10,97, p=0,03), enquanto ABCB1 c.3435C> T aumentou o risco de neurotoxicidade de grau 2 e 3 [OR=3,61 (IC95%: 1,08 a 121,01, p=0,03)], ambos no modelo recessivo (CC + CT vs. TT). Entre as 38 mulheres incluídas, 27 (80,1%) responderam aos questionários de QV durante um ano. Estágio avançado, presença de doença residual, e quimioterapia neoadjuvante apresentou escores piores significativos no diagnóstico inicial (p<0,05). No entanto, na análise longitudinal houve uma melhora significativa na média dos escores de QV durante um ano em mulheres com carcinoma de ovário (p <0,05). Conclusão: Polimorfismo é um potencial preditor de toxicidade hematológica e neurotoxicidade. As características clínico-patológicas, como estágio, presença de doença residual pós-cirurgia e tipo de quimioterapia, correlacionaram-se com os escores de QV. No acompanhamento de um ano, as mulheres que realizaram quimioterapia apresentaram melhora na QV (AU)

Processo FAPESP: 16/22335-2 - Avaliação de marcadores genéticos e qualidade de vida em mulheres com carcinoma de ovário
Beneficiário:Amanda Canato Ferracini
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado