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Estabelecimento de modelo de reimplante radicular após avulsão de raízes motoras espinais em camundongos C57BL/6J: emprego de polímero de fibrina, dimetil-fumarato e natação

Texto completo
Autor(es):
Júlia Lombardi
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira; Rogério Martins Amorim; Juliana Carvalho Tavares
Orientador: Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira
Resumo

Lesões de raízes do plexo braquial e lombossacral resultam na desconexão entre o sistema nervoso central e periférico, gerando paralisia e dor neuropática. Com isso, o prognóstico de recuperação funcional, nesse tipo de injúria, é significativamente reduzido, uma vez que a axotomia proximal resulta na morte de motoneurônios medulares. No sentido de minimizar a degeneração neuronal pós-trauma, o uso de fármacos neuroprotetores pode maximizar o potencial de recuperação, quando associado à restauração anatômica das raízes avulsionadas. O presente estudo teve como objetivo estabelecer o modelo de avulsão (ARV) e reimplante de raízes ventrais de plexo lombossacral em camundongos, com o uso do biopolímero heterólogo de fibrina (BHF). Além disso, a associação entre reimplante radicular e dimetil-fumarato (DMF) e natação foram utilizados como busca por alternativas de tratamento para otimizar a plasticidade neuronal, preservação sináptica e funcionalidade motora após a lesão. Para tal, camundongos fêmeas da linhagem isogênica C57BL/6J foram submetidos ao procedimento cirúrgico de avulsão de raízes motoras (L4-L6) seguida ou não de reimplante. O tratamento farmacológico empregou DMF na dose de 90mg/kg ou metilcelulose (veículo), e o protocolo de natação foi ajustado de forma que condicionasse os animais de forma progressiva, com tempo crescente e com carga ajustável ao peso individual. O Walk Track Test for utilizado como ferramenta na avaliação funcional dos animais, realizada semanalmente por todo período experimental. Após o tempo de sobrevida de 56spi, a sobrevivência neuronal e imunomodulação foram estudadas por citoquímica (coloração de Nissl) e imunofluorescência, respectivamente. Os resultados, com 56 dias de sobrevida, demonstram maior sobrevivência neuronal para os grupos Reimplante+Natação+DMF (RDNat) e Reimplante+DMF (RD), sendo 53% e 36%, respectivamente. Estes dados, associados à importante antecipação da cascata inflamatória e promissora recuperação funcional no grupo RD indicam o DMF como candidato na abordagem farmacológica de lesões neurológicas. Além disso, nosso trabalho foi o primeiro a trazer não só o modelo de reimplante radicular com BHF em camundongos, mas a demonstrar a capacidade neuroptotetora da natação neste tipo de lesão, associado ao potencial terapêutico a ser explorado nessa atividade (AU)

Processo FAPESP: 19/06591-7 - Estabelecimento de modelo de reimplante radicular após avulsão de raízes motoras espinais em camundongos C57BL/6J: emprego de polímero de fibrina e dimetil-fumarato
Beneficiário:Júlia Lombardi
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado