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Poliaminas regulam a expressão de genes do seu metabolismo e resistência à infecção em macrófagos com Leishmania amazonensis

Texto completo
Autor(es):
Jonathan Miguel Zanatta
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Sandra Marcia Muxel; Fernando Ribeiro Gomes; Maria Regina D'Imperio Lima; Nilmar Sílvio Moretti
Orientador: Sandra Marcia Muxel
Resumo

Os macrófagos são células fagocíticas do sistema imune e representam a primeira barreira frente à infecção com Leishmania. Leishmania é um protozoário causador das leishmanioses, doenças que apresentam manifestações clínicas classificadas em leishmaniose cutânea, mucocutânea e visceral. No contexto da infecção, o parasita é capaz de modular a expressão de genes do macrófago que afetam a atividade microbicida e a resposta imune frente ao parasita. A metabolização de L-arginina em poliaminas (putrescina, espermidina e espermina) em detrimento da produção de óxido nítrico (NO) favorece a infecção com Leishmania. As poliaminas são moléculas essenciais para a síntese proteica e síntese de macromoléculas nas células, e também proliferação e diferenciação celular. No presente estudo, nós avaliamos como a disponibilidade de L-arginina e poliaminas afeta a expressão de genes relacionados ao seu metabolismo em macrófagos de camundongos BALB/c infectados com Leishmania amazonensis e susceptibilidade à infecção. A privação de L-arginina em macrófagos durante a infecção com L. amazonensis aumentou a expressão de Nos2, mas não induziu produção de NO. Contudo, a suplementação com L-arginina não alterou a expressão de genes relacionados ao seu transporte e produção de poliaminas. A suplementação com L-arginina e putrescina aumentou a expressão de arginase 2 (Arg2) em macrófagos infectados comparado aos não infectados, enquanto a suplementação com espermidina ou espermina reduziu a expressão de Arg2. A suplementação com L-arginina e espermina aumentou a expressão de espermidina sintase (SpdS) em macrófagos infectados comparado aos não infectados. A suplementação com putrescina aumentou a expressão de Nos2, mas não aumentou a produção de NO durante a infecção. Enquanto, a suplementação dos macrófagos com espermina durante a infecção aumentou a frequência de células produtoras de NO. Os genes Slc3a2/Slc7a5 que compõem o heterodímero do transportador de poliaminas foram modulados. Houve o aumento na expressão de Slc3a2 em macrófagos suplementados com putrescina ou L-arginina e espermidina e de Slc7a5 na suplementação com espermidina ou espermina durante a infecção. A suplementação com putrescina também aumentou a expressão do gene da proteína quimioatraente de monócito (Mcp1) após a infecção. A análise de infectividade mostrou que a suplementação com putrescina, L-arginina e espermidina ou L-arginina e espermina reduziu a porcentagem de macrófagos infectados quando comparamos com a suplementação com L-arginina. Nossos dados sugerem que as poliaminas regulam a expressão de genes relacionados ao seu transporte e metabolismo em macrófagos e afetam a infecção com L. amazonensis. (AU)

Processo FAPESP: 19/07089-3 - Influência do metabolismo de L-arginina e poliaminas no perfil de transcritos e microRNAs em macrófagos murinos infectados com Leishmania amazonensis
Beneficiário:Jonathan Miguel Zanatta
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado