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Prospecção de metabólitos secundários com atividade anticâncer produzidos por fungos fitopatogênicos

Texto completo
Autor(es):
Jaqueline Moraes Bazioli
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Data de defesa:
Membros da banca:
João Ernesto de Carvalho; Thais Petrochelli Banzato; Giovanna Barbarini Longato; Débora Barbosa Vendramini Costa; Karina Cogo Müller
Orientador: João Ernesto de Carvalho
Resumo

Os fungos são fontes de produtos naturais com potenciais atividades biológicas e mecanismos de ação favoráveis ao desenvolvimento de fármacos antitumorais. Neste contexto, este trabalho foi idealizado, objetivando a bioprospecção de produtos naturais com atividade anticâncer obtidos de fungos através de screening bioaguiado. Dentre os fungos previamente estudados o extrato do Epicoccum sp. exibiu atividade antiproliferativa nos testes in vitro e sua fração ativa foi testada frente a linhagem celular humana OVCAR-3 (câncer de ovário). Uma das estratégias utilizadas para a identificação de novos metabólitos produzidos pelo fungo Epicoccum sp. foi a dereplicação como estratégia para encontrar moléculas candidatas. A avaliação do perfil metabólico do fungo Epicoccum sp. levou ao isolamento e caracterização do composto conhecido epipiridona (1). A epipiridona (1) apresentou atividade citotóxica com IC50 de 134,7 µM na linhagem de OVCAR-3, atividade nunca antes descrita para esse composto. Outra classe de compostos aqui descrita são as verticilinas, que são alcaloides epipolitiodiopopiperazina (ETP) com potente atividade citotóxica isolados de fungos filamentosos terrestres. Estudos iniciais indicaram que a verticilina A exibia atividade citotóxica nanomolar em linhas celulares de câncer de ovário seroso de alto grau (HGSOC); a quinta principal causa de morte em mulheres. A verticilina D foi então estudada para determinar se o composto de maior rendimento comparado a verticilina A, poderia ser usado para posterior semi-síntese. A verticilina D exibiu atividade citotóxica nanomolar nas linhagens celulares humanas OVCAR4 e OVCAR8 e reduziu significativamente a formação de colônias nos experimentos 2D e 3D. Apesar da atividade citotóxica in vitro, os estudos in vivo de verticilina D apresentaram danos hepáticos, enquanto a formulação e dosagem para otimizar a verticilina A não mostraram quaisquer problemas com toxicidade, mas foi incapaz de reduzir a carga tumoral. Assim, estudos futuros determinarão se a eficácia pode ser melhorada através da otimização da administração de fármacos ou de uma derivatização sintética adicional (AU)

Processo FAPESP: 19/11563-2 - Prospecção de metabólitos secundários com atividade anticâncer produzidos por fungos fitopatogênicos
Beneficiário:Jaqueline Moraes Bazioli
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado Direto