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Mulheres na Guerra de Independência da Argélia (1954-1994): experiências, testemunhos, direitos

Texto completo
Autor(es):
Bruna Perrotti
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Data de defesa:
Membros da banca:
Raquel Gryszczenko Alves Gomes; Mariana Miggiolaro Chaguri; Vanessa dos Santos Oliveira
Orientador: Raquel Gryszczenko Alves Gomes
Resumo

A Guerra de Independência da Argélia, ou a Revolução Argelina, é um marco na história contemporânea do século XX. Após buscarem sem sucesso soluções diplomáticas e legislativas para garantir melhores condições de vida, direitos e autonomia, surge como solução para as forças independentistas a resistência armada - o engajamento feminino se dá desde o princípio dos conflitos. O objetivo dessa pesquisa é revisitar a história da participação das mulheres na Guerra de Independência da Argélia a partir de seus próprios testemunhos, investigando como o ato de testemunhar, ao reacessar a memória da guerra pela perspectiva feminina abriu possibilidades à reivindicação de direitos pelas mulheres. Na imprensa revolucionária, acompanhamos a trajetória da historiadora e romancista Assia Djebar que colhe testemunhos de mulheres combatentes e refugiadas da guerra entre 1958 e 1959. A despeito das críticas que pautavam a unidade do movimento, Djebar não deixa de afirmar, já desde esse momento, os direitos das mulheres argelinas. Aqui, além de sua coluna no jornal El Moudjahid (1959), analisaremos seu segundo romance de guerra Les Alouettes Naives (1967), inspirado nos testemunhos colhidos. Já nos tribunais de Argel e de Paris, acompanhamos o caso de Djamila Boupacha (1962), através da obra testemunho que leva seu nome como título; a militante processou o Estado colonial francês, berço dos Direitos do Homem, que recorria agora a tortura para extrair confissões. Por fim, propomos a análise da obra Des femmes dans la guerre d'Agérie (1994) que traz trinta entrevistas colhidas por Djamila Amrane. Em um momento em que são os direitos das mulheres no estado pós-colonial que estão em jogo, a ex-combatente e historiadora afirma, a partir de testemunhos cruzados com estatísticas, uma maior participação das mulheres nos conflitos do que aquela reconhecida até então (AU)

Processo FAPESP: 21/08157-2 - Mulheres na Guerra de Independência da Argélia (1954-1994): experiências, testemunhos, direitos
Beneficiário:Bruna Perrotti
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado