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Caracterização do fenótipo tronco tumoral em linhagens de carcinoma epidermóide de boca resistentes à cisplatina

Texto completo
Autor(es):
Talita Fonseca Frazon
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Bauru.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/SDB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Camila de Oliveira Rodini Pegoraro; Nádia Ghinelli Amôr; Vanessa Soares Lara; Everton Freitas de Morais
Orientador: Camila de Oliveira Rodini Pegoraro
Resumo

O carcinoma epidermóide de boca (CEB) é o sexto câncer mais comum em todo o mundo, e apresenta alta taxa de morbidade e mortalidade associadas com o diagnóstico tardio, recorrência local e metástase em linfonodos cervicais. Estudos sugerem a presença de uma subpopulação de células tumorais com capacidade ilimitada de proliferação, capazes de se autorrenovar e diferenciar, denominadas células-tronco de câncer (CSCs). Além disso, essa subpopulação é apontada como responsável pelo surgimento, progressão e quimioresistência tumoral em diferentes carcinomas, incluindo os orais. Dentre os tratamentos empregados, a ressecção cirúrgica associada à radio e quimioterapia é a abordagem mais frequentemente recomendada. Entretanto, estudos mostram que as CSCs são resistentes ao principal quimioterápico utilizado no tratamento de CEB, a cisplatina. Consequentemente, apenas células tumorais diferenciadas são eliminadas enquanto as CSCs permanecem quiescentes contribuindo fortemente para a recorrência tumoral e predominância de subpopulações de células tumorais mais resistentes e agressivas. Tendo em vista que quimioresistência é umas das principais causas na falha do tratamento de CEB, a proposta deste trabalho foi desenvolver e caracterizar subpopulações de células tumorais resistentes à cisplatina in vitro. Para este fim, foram utilizadas as linhagens de CEB SCC-9 e HSC-3 parental, e conduzidos ensaios de citotoxicidade por MTS para desenvolvimento das sublinhagens cisplatina-resistentes. Nossos achados demonstraram elevada porcentagem de CD44highESAlow nas linhagens resistentes, bem como alterações morfológicas e expressão gênica significante dos marcadores VIMENTINA e TWIST por meio de PCR, relacionados ao processo de indução de EMT. Ainda, foi possível observar que a capacidade de formação de esferas foi prejudicada e marcadores como CD44, ALDH1 e ABCs, foram regulados negativamente na linhagem SCC-9 resistente. Nossos resultados contribuem para a caracterização de linhagens resistentes ao tratamento com cisplatina, oferecendo suporte para estudos e estratégias terapêuticas baseadas no desenvolvimento de terapias-alvo e/ou adjuvantes mais eficientes que, por fim, resultem em melhor prognóstico para pacientes com CEB. (AU)

Processo FAPESP: 21/15066-3 - Caracterização do fenótipo tronco tumoral em linhagens de carcinoma epidermóide de boca resistentes à cisplatina
Beneficiário:Talita Fonseca Frazon
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado